ESPERANDO PELO IMPEACHMENT


Segundo Wense, o presidente debochou, ironizou, colocou a faca entre os dentes


O desastroso pronunciamento do presidente Jair Messias Bolsonaro é a prova inconteste de que o chefe do Palácio do Planalto não quer mais governar o país.

Longe de Bolsonaro a renúncia. Seria para ele um gesto covarde. Quer o confronto por um pedido de impeachment, que começa a ficar mais oxigenado na medida que o presidente ataca os outros Poderes da República.

Esperava-se um pronunciamento na busca pelo entendimento, convidando todos para um diálogo, que o momento é de união. Mas o inverso aconteceu: o presidente debochou, ironizou, colocou a faca entre os dentes.

Não é da agora que Bolsonaro tenta acordar o “fantasma” do impeachment. Suas atitudes provocativas com o Congresso Nacional e o STF avalisam a opinião de que a maior autoridade do Poder Executivo quer viver as emoções de Fernando Collor e Dilma Rousseff.

Bolsonaro, além de deixar seu ministro da Saúde em uma situação no mínimo constrangedora, afronta a Organização Mundial de Saúde (OMS), instituição subordinada à Organização das Nações Unidas (ONU).

E agora, como ficam as pessoas, o cidadão-eleitor-contribuinte diante dessa briga entre os governantes? De um lado, os prefeitos e governadores orientando a população de como se comportar diante do coronavírus. Do outro, o presidente da República contrariando o ministro da Saúde e a OMS.

Que situação, hein! O bravo povo brasileiro não merece. E olhe que o pior ainda vem pela frente. Que os senhores “homens públicos” tenham juízo.