Filmes indígenas como destaque de abril na TVE



A partir do dia 19, a TVE apresenta uma série de produções que marcam o mês de luta dos povos indígenas. Os filmes serão exibidos às segundas, terças e sextas-feiras, em diversos horários, para dar visibilidade à diversidade desses povos e valorizar suas contribuições na identidade cultural do país. Os documentários e filmes de ficção e experimentais tiveram produção e curadoria da emissora pública baiana.

Quem abre a faixa ‘Cinema Indígena da TVE’ é o filme “Kri wai apkrê: Desenhando moradas com território”. O filme de Edgar Kanaykõ Xakriabá foi exibido na exposição ‘Mundos Indígenas’, organizada a partir de conceitos propostos por um conjunto de curadores e curadoras dos povos indígenas Yanomami, Ye’kwana, Xakriabá, Tikmũ’ũn (Maxakali) e Pataxoop, para apresentar os modos de viver, de saber e de se cuidar. A exibição acontece na segunda-feira (19), às 11h30.

No mesmo dia 19, às 20h30, vai ao ar o filme “Parente – A esperança do mundo”. A obra dirigida por Graciela Guarani, faz uma reflexão em tempos de incertezas em função da pandemia, e traz a tona a potência da palavra resistência, refletida na força das artes originárias, linguagens, formas e pensamentos das culturas milenares, subvertendo o processo de retaliação com a sabedoria e empoderamento de povos na defesa da vida.

Famílias na pandemia

De Sueli Maxakali, o documentário “Yãy Tu Nunãhã Payexop – Encontro de Pajés”, será exibido na terça-feira (20), às 19h30. O curta retrata a história de mais de cem famílias Tikmũ’ũn (Maxakali) que, em junho de 2020, em meio à pandemia de COVID-19, deixaram a reserva onde viviam e fundaram a Aldeia Nova, numa terra às margens do rio Mucuri do Norte, em Ladainha, Minas Gerais. Temendo a chegada da nova doença, os moradores da nova aldeia decidem reunir os pajés num encontro para transmitir seus conhecimentos dos cantos e rituais yãmĩyxop para os mais jovens.

Logo em seguida, às 20h, a TVE exibe os filmes “Dure Nãt Sarõ: manter aceso – queima tradicional de cerâmica Xakriabá”, de Edgar Kanaykõ Xakriabá, que também foi exibido na exposição ‘Mundos Indígenas’, e “Minha alma não tem cor”, dirigido por Graci Guarani e Alexandre Pankararuàs, às 21h10, que discute temas ligados ao racismo contra populações indígenas.

Homenagem

Na sexta-feira (23), às 20h30, vai ao ar o filme “O Último Sonho”, de Alberto Alvares. Premiado no Doc Lisboa e exibido em vários festivais no mundo, o filme homenageia o líder espiritual Guarani Wera Mirim (ou João da Silva), da aldeia Sapukai, em Angra dos Reis (RJ), que morreu em 2016.

Encerrando a temporada de filmes indígenas, a emissora vai exibir também na sexta-feira (23), três curtas, partir das 21h. “Kaapora”, filme baiano de Olinda Yawar, mostra a ligação dos povos indígenas com a terra e sua espiritualidade, do ponto de vista da indígena Olinda, que desenvolve projeto de recuperação ambiental nas terras de seu povo. Também baiano, o filme “Equilíbrio” foca na problemática ambiental e como a civilização tem usado o planeta de forma hostil e desarmônica. A obra também tem direção de Olinda Yawar e faz parte do Projeto Um Outro Céu, que premiou 15 artistas indígenas, em uma premiação organizada pela rede de universidades da Bahia (UFBA, UNEB, UFRB), do Pará (UNIFESSPA), Inglaterra (Sussex), com apoio da Fapex e junto do movimento indígena, através da APOINME. O último filme da noite é “O verbo se fez carne”. O curta, dirigido por Ziel Karapotó, ganhou vários prêmios, entre eles, Melhor Curta Experimental – Cine Curumim 2021 e o Prêmio do Júri na última edição do Concurso Curta Ecofalante.

Em maio, com o objetivo de fomentar o acesso do público baiano à temática indígena, outros grandes filmes entrarão na grade de programação da tv pública baiana.

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