Greve de vigilantes fecha bancos em Itabuna


Lei não permite atendimento ao público nas agências sem segurança


Mobilizações em frente aos bancos expõem razões da greve

 Começou nesta terça-feira (10) uma greve dos profissionais que fazem a vigilância das agências bancárias em Itabuna e, por isso, elas são legalmente impedidas de atendimento ao público. Ao cliente, resta apenas o autoatendimento.

A categoria, que recebe R$ 1.084,00 como salário-base, reivindica reajuste de 13 por cento. Já para o ticket-refeição, hoje no valor de R$ 13,50 por dia, eles querem R$ 20,00. Outro ponto de divergência é o adicional noturno, atualmente de 35%. As empresas pretendem baixar para 20 por cento.

“Não é justo arriscar nossas vidas, todos os dias morrem companheiros. Os patrões não vendem segurança, eles vendem vidas. A Lei 7.102/83, que rege a atividade do vigilante, não permite que seja um vigilante por agência; por isso, não pode funcionar”, declarou há pouco ao Diário Bahia o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Itabuna, Edvaldo Rosa.

Segurança do cidadão

Segundo o Sindicato dos Bancários, que acompanha o movimento de perto, o número mínimo de vigilantes varia de acordo com o tamanho de cada agência. No Banco do Brasil da praça Olinto Leone, por exemplo, o ideal é que haja um profissional de segurança por andar.

“A lei nacional leva em consideração a segurança dos funcionários das agências, a questão patrimonial e a segurança dos cidadãos como um todo”, completa o sindicalista Paulo Eduardo.

Em Itabuna, funcionam 14 agências bancárias.