Instituições públicas e privadas assinam ações conjuntas para proteção contra coronavírus  


Uesc, UFSB e Natura estão entre os nomes que firmaram compromisso com municípios da região


A UFSB tem autorização da Anvisa para produzir álcool em gel

 As universidades Estadual de Santa Cruz (Uesc), Federal do Sul da Bahia (UFSB), o Instituto Arapyaú e o Sul da Bahia Global são as instituições que esta semana firmaram um compromisso: ajudar na compra ou confecção de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os municípios da região. A decisão foi anunciada durante reunião virtual promovida pela Associação dos Municípios da Região Cacaueira – Amurc, na segunda-feira, 30, para o combate ao Coronovírus (Covid-19).

As principais necessidades apontadas pelos gestores municipais, segundo o secretário executivo da Amurc, Luciano Veiga, são falta de kits para a realização de testes, EPIs e falta de leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). O grupo também solicita repasses do Governo do Estado da Bahia e reclama da dificuldade de encontrar fornecedores para compra desses materiais.

Nesse sentido, a Amurc está realizando algumas ações, como a organização de compra conjunta de EPIs e materiais necessários no combate ao vírus. Já foi feita uma análise de fornecedores e cada município está fazendo o levantamento de suas demandas (EPIs e materiais) para compras coletivas. Aliado a isso, uma ação junto às secretarias de Educação para fornecimento de alimentação (recursos da merenda escolar) para alunos que estão em casa.

Testes e equipamentos

A UFSB se comprometeu a realizar testes rápidos para triagem inicial dos casos suspeitos, além de atuar com a fabricação de EPIs e do álcool em gel, tendo em vista que a universidade possui a autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para fabricação desse componente químico. No entanto, a matéria-prima para a produção desses materiais depende de um aporte financeiro do Ministério da Educação (MEC) e da iniciativa privada para desenvolver os testes na UFSB.

Já a Uesc se colocou à disposição para a fabricação de máscaras através de impressora 3D, a fabricação de álcool gel e realização de testes rápidos, que dependem de aporte financeiro federal e da migração do nível de biossegurança 2 para o nível 3. É um trabalho com agentes de risco biológico da classe 3, ou seja, com microrganismos que acarretam elevado risco individual e baixo risco para a comunidade.

Os institutos Natura e Arapyaú também estão nas frentes de apoio para a compra de EPIs, testes rápidos e investimentos na estrutura hospitalar da região.