Itabuna sob alerta de leptospirose após enchente; há casos suspeitos


Secretaria de Saúde informa que há casos suspeitos e orienta pessoas de bairros atingidos pelas cheias


O contato com locais atingidos pela enchente impõe riscos ao itabunense
A secretária Lívia Aguiar detalha sobre o protocolo para testagem da população afetada

A Secretaria Municipal de Saúde alerta as pessoas que tiveram contato com as águas das enchentes que atingiram Itabuna no mês de dezembro para ficarem atentas a alguns sintomas causados pela leptospirose. Entre eles estão febre alta, dor de cabeça, dor muscular, vômitos, cansaço, diarreia e urina escura.

De acordo com a titular da Secretaria de Saúde, Lívia Mendes Aguiar, a doença é uma infecção provocada pela exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, principalmente ratos, por meio do contato com água, solo ou alimentos contaminados. Ela adianta que existem alguns casos suspeitos no município e orienta as pessoas a procurarem uma unidade de saúde caso tenham alguns dos sintomas.

A secretária informou que logo após o período das enchentes, foi implantado um protocolo para a testagem da população em casos suspeitos na rede municipal de saúde. As equipes médicas também foram capacitadas sobre os procedimentos a serem adotados, a exemplo da solicitação de exames que depois são encaminhados ao Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen), em Salvador.

Perigos e danos

Lívia Mendes afirma que, embora seja curável, a leptospirose é uma doença perigosa podendo causar sérios danos renais e hepáticos às pessoas afetadas. “O tratamento à base de medicamentos é fundamental e não deve ser interrompido, conforme orientação médica”, frisa a secretária. Ela acrescentou que casos leves podem ser tratados em ambulatório, mas os graves precisam de internação hospitalar. A automedicação não é indicada, pois pode agravar a doença.

Ela conclui reforçando a importância de se eliminar todos os pontos de acúmulo de água depois das enchentes, manter áreas limpas e, principalmente, não acumular lixo ou entulhos contaminados em casa, para evitar proliferação de ratos, baratas e outros vetores de doenças.