Luciano Huck, PT e PCdoB



Luciano Huck, do programa “Caldeirão do Huck”, rede Globo, já incluso no rol dos pré-candidatos à sucessão de Bolsonaro, protagoniza a grande surpresa do tabuleiro eleitoral de 2022.

Primeiro, pela sua posição nas pesquisas de intenções de voto, ficando em empate técnico com Fernando Haddad e Ciro Gomes, respectivamente postulantes ao Palácio do Planalto pelo PT e PDT.

Segundo, pela sua aproximação com a chamada esquerda representada pelo PT e PCdoB. Huck já conversou com o ex-presidente Lula e vem tendo muitos encontros com Flávio Dino, governador do Maranhão pela legenda comunista.

O objetivo é o mesmo. Huck, Lula e Dino querem passar para o eleitorado que não representam o radicalismo, seja de esquerda ou direita. O trio busca encaixar a palavra centro. Ou seja, Huck se posicionando como de centro-direita, Lula e Dino como centro-esquerda.

Aliás, virou moda injetar na política figuras populares, na maioria das vezes sem preparo para assumir o cargo que está sendo disputado. O fim, que é ganhar a eleição de qualquer jeito, justifica a procura de candidatos tidos como engraçados e folclóricos. Tem até quem gosta de ser chamado de “doido”.

O problema é que ao mesmo tempo que Huck se aproxima de Lula e Dino, recebe para si boa parte do antipetismo e do anticomunismo, que continuam fortes e enraizados em uma parcela significativa do eleitorado.

Por incrível que pareça, ainda tem gente, cidadão-eleitor-contribuinte, que ainda acredita que comunista continua comendo criancinhas, que vai acabar com a propriedade privada e entregar tudo para o Estado tomar conta.

Eleitores que votaram em Bolsonaro, hoje arrependidos, que estariam dispostos a votar no animador de auditório, já tomam outro caminho. Luciano Huck, para esse segmento do eleitorado, não é mais confiável.