Mangabeira e a política         



O ex-prefeiturável de Itabuna, o médico Antônio Mangabeira, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), continua no mesmo caminho, defendendo a boa política, a política com P maiúsculo.

Mangabeira é assim: ético, coerente, firme nas suas posições, não engana, não é demagogo e diz o que pensa, mesmo que seja chamado de “amador” pelos profissionais da política, cuja maioria se enriqueceu mamando nas tetas dos cofres públicos.

O Mangabeira então candidato a prefeito é a cópia fiel do Mangabeira candidato a deputado federal. Faz sua campanha de casa em casa, explicando sua candidatura ao Parlamento federal e a importância do voto regional.

Um chega-pra-lá nos forasteiros, apelidados de candidatos “copa do mundo”, que só aparecem de quatro em quatro anos, é imprescindível, sob pena de ficarmos sem representatividade política, isolados e enxugando gelo.

Que as entidades representativas de Itabuna, tendo na linha de frente a ACI, CDL e o SINDICOM, se unam a outros segmentos da sociedade no lançamento do movimento para a conscientização da importância do voto regional.

Como a política anda de cabeça para baixo, com uma inversão de valores cada vez mais preocupante, Mangabeira vem recebendo críticas por falar a verdade, por ser sincero com o cidadão-eleitor-contribuinte. Ficam dizendo que ele faz política amadora.

Pois é. Fazer política com ética, dizendo a verdade, não enganando as pessoas, sendo sincero, é ser um péssimo político. Que coisa, hein! Não à toa que a classe política está desmoralizada e os homens de bem se afastando da política como o diabo da cruz.

Como consequência desse descrédito, desse vergonhoso toma-lá-dá-cá, dessa política porca e putrefata, desse sistema eleitoral carcomido, uma enxurrada de votos brancos e nulos a cada eleição.

Os profissionais da política, também conhecidos como “velhas raposas”, são da opinião de que Mangabeira atira no “próprio pé” quando fala a verdade, já que pode contrariar uma parcela do eleitorado que não aceita a interrupção de um mandato para disputar outro cargo.

Mangabeira, quando questionado se vai ser candidato na sucessão de Fernando Gomes, diz, sem pestanejar, que sim. Para o desespero dos adeptos da mentira e da tapeação, o presidente do diretório do PDT termina conquistando dois votos: deputado federal e prefeito em 2020.

Ora, ora, um bom exemplo dessa mentirada é o que ocorre com a candidatura de Jaques Wagner ao Senado da República. Até as freiras do convento da Carmelitas sabem que o petista, cuja eleição é dada como favas contadas, não passa seis meses representando o povo baiano no Congresso Nacional.

As cúpulas do PT, estadual e nacional, têm compromisso com o PSB. Ou seja, o suplente de Wagner, Bebeto Galvão, vai assumir o lugar do ex-governador, que será nomeado para um cargo de primeiro escalão no governo Rui Costa, já considerado reeleito.

O petismo, depois que defenestrou Lídice da Mata da chapa majoritária, enterrando sua merecida reeleição para o Senado, de maneira sorrateira, sem dó e piedade, não pode mais fazer outra desfeita com os socialistas. Vale lembrar que Lídice é a presidente estadual do PSB e aliada histórica do PT, sendo a parlamentar que mais combateu o impeachment de Dilma Rousseff.

Concluo dizendo que Mangabeira, candidato a deputado federal, na dianteira nas pesquisas de intenções de voto em Itabuna, bem na frente do segundo colocado, está no caminho certo.

“Vou continuar assim, fazendo a campanha sem mentira, falando a verdade. Se for para enganar, enrolar, prefiro perder ou deixo de ser candidato”, diz Mangabeira.