Mutuários fazem novo protesto nesta terça no Condomínio Torres da Primavera



Os proprietários esperam  há dois anos pela entrega dos imóveis
Os proprietários esperam há dois anos pela entrega dos imóveis

 

Um grupo de 60 mutuários do Condomínio Torres da Primavera, em Itabuna, planeja fazer uma nova manifestação nesta terça-feira (25). O protesto é por conta do atraso na entrega do empreendimento. O condomínio, construído no bairro Jardim Primavera, tem 167 apartamentos, divididos em três prédios.

Ao Diário Bahia, o advogado Murilo Santos, que é um dos mutuários, informou que as obras se prolongaram por cerca de oito anos, sem que fosse definida uma data oficial para a entrega dos imóveis. “A obra está “finalizada” há quase dois anos, aguardando a ligação definitiva de energia. Hoje, não temos nenhum posicionamento. A caixa diz que não há mais o que fazer na obra e que o dinheiro que tem é para documentação, instalação de hidrantes e pára-raios”, relatou Murilo.

Segundo ele, os proprietários tentaram tomar posse dos imóveis no último sábado (22), mas foram impedidos por seguranças, um total de 12. “Eles [seguranças] estavam com arma de choque, cassetetes e coletes balísticos. Não sabemos se foram contratados pela Caixa ou pela Construtora”, disse o advogado. Este fato, de acordo com Murilo, foi determinante para que os mutuários iniciassem uma manifestação no mesmo dia. A empresa responsável pela construção do empreendimento é a Tecnosol, que teria garantido aos mutuários a conclusão de todos os imóveis. “Vivemos num jogo de empurra entre a Caixa e a construtora, que alegou, ainda, que a deterioração sofrida durante esse período não lhes compete corrigir”.

Entre os problemas que surgiram no local pela falta de manutenção, estão o desabamento dos tetos de gesso nos playgrounds e salões de festa, a sujeira da piscina e a fachada dos prédios, que está também deteriorada. “A Caixa afirmou que a obra será entregue da forma que está. Existem mutuários que já estão pagando parcela de habitação há cerca de um ano e meio, pois segundo a Caixa a obra está concluída, ainda que não tenha sido entregue”, denunciou o advogado.