O LEGISLATIVO E O GOVERNO AUGUSTO CASTRO


Diz Wense que, pelo andar da carruagem, Augusto terá toda a Câmara a seu favor


A Rádio FM Interativa, através do bom programa de Oziel Aragão, cuja audiência é inquestionável, vem entrevistando os vereadores eleitos de Itabuna. O Parlamento municipal é composto por 21 edis.

O que chama atenção é o mesmo discurso quando o assunto é o relacionamento com o Executivo. Parece tudo previamente combinado e bastante ensaiado.

Todos os vereadores eleitos, pelo menos os que já foram entrevistados, dizem, sem fazer nenhuma ressalva, que serão aliados do prefeito eleito, que é preciso ajudar Itabuna a sair do buraco.

Ora, não precisa ser aliado do governo para ser um vereador atuante. Ser de oposição com responsabilidade, sem politicagem, é bem mais produtivo, ajuda mais a cidade. Lamentável é ser um representante do povo submisso ao Poder Executivo.

Pelo andar da carruagem, o governo Augusto Castro, do PSD do senador Otto Alencar, pode ficar na história política de Itabuna como o único que conseguiu ter 100% de base de sustentação política na Casa Legislativa no início de gestão.

Quero deixar bem claro que torço para que Augusto faça um bom governo, principalmente no tocante à transparência com o dinheiro público. Que faça uma gestão voltada para a população mais carente. Atender os mais necessitados é o objetivo principal de qualquer governo, independente de posições ideológicas.

O que me preocupa é o aliamento automático dos vereadores eleitos com o próximo governo. A palavra oposição é como se fosse algo satânico, quando na verdade é ingrediente indispensável para a consolidação do Estado democrático de direito.

Augusto Castro faz seu papel conversando com todos vereadores eleitos. E esses devem mesmo conversar com Augusto, o que não é fato impeditivo para ser um edil de oposição. A harmonia e o diálogo entre os Poderes são imprescindíveis, assim como a independência é condição para ter uma Câmara de Vereadores respeitada e digna do povo itabunense.

Que os vereadores eleitos tenham uma boa convivência com o chefe do maior cargo do Poder Executivo municipal, o que não é motivo para que deixem de exercer a precípua função de fiscalizar os atos do alcaide de plantão.

Outra coisa nojenta é o puxa-saquismo.