O PLANO B DE FERNANDO GOMES


O major Serpa, segundo Marco Wense, está entre os prefeituráveis de Fernando


 

Dos seis pré-candidatos mais citados nas pesquisas de intenções de voto, só o prefeito Fernando Gomes, ainda sem abrigo partidário, pensa no plano B para a disputa do cobiçado centro administrativo Firmino Alves.

O secretário de Administração, mais conhecido como Som Gomes, sobrinho do alcaide, passou um bom tempo sendo considerado o plano B, o pré-candidato do fernandismo se o tio desistisse de buscar o segundo mandato consecutivo.

Toda vez que se fala em reeleição, vem logo a lembrança de que o eleitorado itabunense nunca reelegeu um prefeito. O tabu do segundo mandato consecutivo passa a ser um fator que termina desestimulando o chefe do Executivo de plantão.

Já disse aqui, por mais de duas ou três vezes, que Fernando Gomes só vai sair candidato se tiver alguma chance de ganhar. Uma queda substancial no alto índice de rejeição se torna imprescindível, “conditio sine qua non”.

Além dos obstáculos inerentes ao processo sucessório, Fernando Gomes, já com uma idade avançada e a mente cansada, não é mais o Fernando Gomes de priscas eras. Aquele Fernando que subia e descia a ladeira no mesmo pique.

O major Serpa, responsável pelo trânsito de Itabuna, trabalha dia a dia para ser o plano B do governo municipal. O que não deixa de ser uma prova de que o prefeito continua atormentado pela dúvida de disputar ou não o sexto mandato.

O grupo de Mangabeira, prefeiturável do PDT, torce para que Fernando saia candidato, rachando assim o populismo. A turma do capitão Azevedo, de olho nos eleitores do fernandismo, principalmente os da periferia, quer o alcaide fora da sucessão. Azevistas, pelo menos os mais lúcidos, são da opinião de que o reduto eleitoral é o mesmo, que não há espaço para que a briga pela prefeitura fique entre Fernando e Azevedo.

O major Serpa, que se movimenta freneticamente para se viabilizar como o plano B do governo Fernando Gomes, tem a simpatia de uma boa parte do secretariado.

São as pesquisas, que já estão sendo providenciadas, que vão dizer se o plano B é a melhor opção. Uma coisa é certa e inquestionável: não é bom encerrar uma invejável carreira política com uma derrota.