O RETORNO DO CENTRÃO


Prevê Marco Wense que vai custar caro a ida de Bolsonaro com o Centrão


A fatura da “nova política” vai custar caro. O centrão, que é um agrupamento de partidos adeptos do toma-lá-dá-cá, agora neoaliado do presidente Bolsonaro, depois de um intenso e apaixonado namoro com os ex-mandatários Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer, vai exigir sua contrapartida pela atuação no Congresso Nacional contra um eventual pedido de impeachment do chefe do Palácio do Planalto. Esse pessoal, tendo na linha de frente Roberto Jefferson e Valdemar da Costa Neto, só apoia na base do “cadê o meu”, que se dane o estouro das contas públicas. Pois é. O então candidato Jair Messias Bolsonaro fez sua campanha prometendo acabar, colocar um ponto final na chamada “velha política”. Agora se abraça a ela e esquece que chegou ao poder maior da República com o discurso de que iria enterrar a política do toma lá, dá cá. Veja as duas manchetes de hoje, 5 de maio, no conceituado UOL Notícias :

  1. “GUEDES TEME QUE NEGOCIAR CARGOS COM CENTRÃO ESTOURE GASTOS PÚBLICOS”.
  2. “MILITARES TEMEM QUE CRISE COM O STF FAÇA CENTRÃO DOBRAR FATURA POR APOIO”.

Assim como Sérgio Moro pediu demissão por não concordar com a interferência política na Polícia Federal, Paulo Guedes, ministro da Economia, pode deixar o governo por não concordar com essa aliança do presidente com o centrão, com o “farinha pouca, meu pirão primeiro”. Que coisa, hein! Em pleno agravamento da contaminação do cruel e devastador coronavírus, com milhares de mortes para acontecer, esses senhores “homens públicos”, pseudos representantes do cidadão-eleitor-contribuinte, só se preocupam com seus próprios botões.