“Olho preguiçoso” pode afetar visão das crianças, mas tem tratamento


Médico orienta sobre como tratar a ambliopia


Dr. Almeida, oftalmologista do DayHORC

A ambliopia é uma redução da visão que ocorre porque o cérebro ignora a imagem recebida de um dos olhos. É um caso muito comum, que geralmente acomete crianças a partir dos quatro anos de idade.

Também conhecido como olho preguiçoso, causa um desvio ou desalinhamento de um olho e pode provocar alguns problemas de visão, como rápida perda de acuidade visual; perda de visão binocular, provocando incapacidade de medir a profundidade, e risco aumentado de perda de visão no olho mais forte.

“A perda da visão pode ser permanente, caso o distúrbio não seja diagnosticado e tratado antes dos oito anos de idade”, alerta o médico Bernardo Almeida, especialista em oftalmologia geral e catarata do DayHORC, empresa do Grupo Opty em Itabuna.

Uma causa comum desse tipo de problema é um erro refrativo (miopia/hipermetropia ou astigmatismo) que seja maior em um dos olhos. “Ocorre uma informação descombinada, sendo que a precedência de um dos olhos faz com que o cérebro ignore a informação do outro”, esclarece Dr. Almeida.

Tratamento

De modo geral, tudo o que venha causar algum tipo de desequilíbrio visual pode também provocar ambliopia, como as cataratas na infância, lentes turvas, diferenças de forma ou de tamanho e outras anomalias anatômicas ou estruturais.

O especialista alerta que, quanto mais cedo se descobre e trata um olho preguiçoso, as chances de sucesso são melhores.

Para tratar o problema, o primeiro passo é corrigir o olho preguiçoso, ou seja, corrigir problemas de visão. “O tratamento é feito através de óculos com lentes específicas para corrigir o foco do olho mais fraco. O mais provável é que seja necessário tapar o olho saudável por algum tempo, de modo a fortalecer o olho afetado”, explica o especialista do Grupo Opty.

Depois, é preciso treinar a ligação olho-cérebro. Na maioria dos casos, os oftalmologistas bloqueiam o olho mais forte para treinar o cérebro e, assim, começar a reconhecer a imagem do olho amblíope ou preguiçoso.

Vale ressaltar que a correção da ambliopia não corrige problemas de estrabismo, o que mantém os olhos desalinhados – sendo indicada, nesse caso, a cirurgia aos músculos do olho.