OS PREFEITURÁVEIS DE ITABUNA


Cada legenda, diz Wense, tem um comportamento diante da sucessão municipal


Devo logo dizer que ninguém vai assumir a condição de pré-candidato a vice-prefeito. Seria uma imperdoável ingenuidade se fulano, sicrano e beltrano revelassem esse camuflado desejo.

A primeira consequência dessa infantil sinceridade é o sumiço do “prefeiturável” dos meios de comunicação. Ficaria sem mídia, sem a importância que se atribui a quem mantém o discurso de que vai disputar o comando do centro administrativo Firmino Alves, independente de coligação ou não.

É evidente que no frigir dos ovos, poucos irão enfrentar as urnas. Alguns desistirão por conta própria, por não ter tido êxito na missão de ser o vice na chapa majoritária de outra composição partidária, principalmente quando encabeçada por quem se encontra nas primeiras colocações nas pesquisas de intenções de voto. Outros por determinação da cúpula estadual de seus partidos, é o manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Cada legenda tem um comportamento diante da sucessão municipal. A maioria é pragmática. Ou seja, lançamento de candidatura própria só se o prefeiturável mostrar estofo, força e viabilidade eleitoral, alguma chance de ganhar. Do contrário, a defenestração sem dó e piedade.

É evidente que tem as siglas que querem marcar posição no pleito. Sabem que o pré-candidato não tem nenhuma possibilidade de até mesmo ter uma votação razoável, que vai passar vexame. Mas, por outro lado, é um meio de fazer com que o partido fique mais conhecido e possa detalhar seus projetos e programas de governo.

Quando a agremiação partidária de quem quer concorrer ao pleito sucessório é uma comissão provisória e não um diretório, que é eleito pelo voto, portanto pela vontade de seus filiados, sem manobras de cima para baixo, a instabilidade fica escancarada. A qualquer momento pode haver uma intervenção. A conversa de que o partido tem autonomia para escolher o caminho a ser seguido é pra boi dormir.

O melhor critério para decidir se o prefeiturável tem ou não condição de enfrentar uma disputa, geralmente acirrada, são as pesquisas de consumo interno. E não há por parte da estadual nenhum tipo de constrangimento para comunicar ao pré-candidato (ou ao já candidato) que é melhor desistir.

Teremos no final, com suas fotos nas urnas eletrônicas, no máximo oito candidatos disputando a concorrida sucessão do prefeito Fernando Gomes.