OS ÚNICOS SOBREVIVENTES DA FRENTE: PT E PCDOB


Deu no que deu: só o PCdoB continua de mãos dadas com o PT, diz Marco Wense


O jornalismo político é complicado, não no sentido de analisar um determinado fato e suas consequências, mas em relação aos senhores políticos, a maioria melindrosa e se achando intocável. A regra é não aceitar qualquer tipo de crítica, nem mesmo a construtiva.

Assim que surgiu a “Frente Para Salvar Itabuna”, composta pelo PT, PCdoB, PSB e PSD, fiz um comentário dizendo que a iniciativa não duraria muito tempo, já que foi programada para oxigenar o petismo e, por tabela, à pré-candidatura de Geraldo Simões ao comando do cobiçado centro administrativo Firmino Alves.

Foi um Deus nos acuda. Só faltaram me esquartejar em plena praça pública, que minha intenção era destruir a frente logo no nascedouro, que eu estava a serviço do prefeiturável Antônio Mangabeira (PDT) e outras bobagens. Quanto ao pedetista, que é do meu partido, do qual fui presidente por duas vezes, nunca me pediu nada para colocar no modesto Editorial do Wense. Mangabeira até que poderia pedir alguma coisa, mas nunca fez. Aliás, esse é seu comportamento, sempre ético e respeitando a liberdade de pensamento dos companheiros de legenda.

Deu no que deu: só o PCdoB continua de mãos dadas com o PT. Comunistas e petistas mantendo acesa a possibilidade de ficarem juntos na sucessão do prefeito Fernando Gomes, hoje neoaliado do governador Rui Costa. O PSB de Renato Costa e o PSD de Alcântara Pellegrini, sentido que o barco estava naufragando, pularam fora, provocando a inviabilidade da frente. Para muitos, o enterro definitivo sem direito a missa de sétimo dia.

Agora aparece outra frente. Essa em torno do ex-alcaide capitão Azevedo, prefeiturável do PL. Obviamente sem a presença do PSD, que tem o ex-deputado estadual Augusto Castro como pré-candidato, sem dúvida um bom nome. Castro vai ficar bom e disputará o pleito sucessório.

Essa nova frente azevista é integrada por uma miscelânea de políticos e poucos partidos, com destaque para a ala do PT antigeraldista. Com efeito, em curso uma manobra para isolar o ex-prefeito Geraldo Simões arquitetada por gente graúda do próprio Partido dos Trabalhadores, integrante da cúpula estadual da legenda.

O inaceitável, repugnante, o lado podre desse emaranhado jogo político, ficou por conta da cooptação dos pré-candidatos a vereador do PSD dizendo que a sigla não disputaria a prefeitura de Itabuna em decorrência do estado de saúde de Augusto Castro. Que coisa, hein! Que atitude suja, maquiavélica, de gente que não é gente.

No mais, rezar, orar, pedir a Deus para que Augusto melhore e volte firme para a política, dando um chega pra lá naqueles que se aproveitaram do momento difícil da sua vida para fazer politicagem.