Paciente critica suspensão do serviço de transplante na Santa Casa



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O serviço de transplante está interrompido há mais de um ano na Santa Casa

Um paciente que faz hemodiálise na Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, cuja identidade será aqui preservada, questiona a interrupção no serviço de transplante renal na entidade há mais de um ano. “O serviço era tão bem sucedido que havia colocado a Bahia no topo dos transplantes no Nordeste. Agora, pacientes como eu estão correndo para outros serviços de transplante no Brasil”, afirmou.

Ele ressalta que o transplante significa diminuir o custo de um paciente renal, que é altíssimo, na máquina de hemodiálise. E teme que o serviço seja descredenciado pelo Ministério da Saúde. “Mais uma vez o fracasso de Itabuna diante das articulações políticas no Estado da Bahia, que abandonou a discussão de recuperação da Santa Casa por considerar que o rombo é gigantesco demais”, alfinetou.

Outro lado

Em nota de esclarecimento enviada ao Diário Bahia, a Santa Casa sustenta que “mantém habilitado junto ao Ministério da Saúde, desde o ano de 2001, o Serviço de Transplante Renal, já tendo realizado 106 transplantes no Hospital Calixto Midlej Filho”.

A entidade ressalva: devido à grande maioria dos transplantes ocorrer de doador falecido e, portanto, sem programação prévia, “a cada novo procedimento faz-se necessário mobilizar uma complexa logística que envolve equipe profissional, estrutura de transporte, salas cirúrgicas, vaga em Unidade de Terapia Intensiva, realidade que impõe uma demanda ainda maior em se tratando de serviços situados no interior da Bahia”.

Reconhecendo esta complexidade, diz a nota, o Governo do Estado da Bahia editou a Portaria 1.169, através da qual garantirá uma Suplementação de valores pagos aos Serviços de Transplante já habilitados pelo Ministério da Saúde. Tal suplementação reconhece também a importância de manter ativos os Serviços de Transplantes no Estado.

“A Santa Casa de Misericórdia de Itabuna pleiteia esta suplementação e, como os demais Serviços de Transplantes ativos hoje na Bahia, aguarda a habilitação pela SESAB, ao tempo em que reafirma total interesse em manter continuada a realização dos procedimentos, o que deve ocorrer em curto período de tempo”, conclui a mensagem.