PRA FRENTE, PREFEITO


Tenho acompanhado, à distância, as ações do nosso Augusto Castro e acredito que esteja no caminho certo


João Otavio Macêdo


Sabe-se que muitos dos mais de cinco mil municípios brasileiros não têm renda suficiente para manter a máquina administrativa e ainda sobrar alguma coisa para investir no melhoramento da cidade, dos distritos e da malha viária local, trazendo mais conforto e mais alegria para os munícipes. Após a Constituição de 1988, os municípios passaram a receber a contribuição mensal da União e dos estados, sendo essas duas fontes, praticamente, as únicas que chegam aos cofres das prefeituras cujos prefeitos têm que se desdobrar para buscar recursos extras, principalmente nas caminhadas em direção à fabulosa Brasília, “paparicando” ministros de estado, parlamentares, presidentes de autarquias e outros graduados na administração federal e é assim que se consegue mais recursos para a realização de obras prometidas que estão sendo cobradas pela população e, sempre lembradas, pelo pessoal dos meios de comunicação.

Já ocorreram algumas mudanças significativas na nossa cidade, desde a administração passada, quando foram urbanizadas as áreas que margeiam o Cachoeira, no trecho entre as pontes do São Caetano e do Marabá, oferecendo um ambiente agradável para caminhadas, bicicleta, a prática de exercícios. Chamo a atenção do poder público para que mantenha uma constante vigilância, corrigindo os primeiros problemas que aparecerem no piso, nas grades e no conjunto da obra a fim de que não ocorra uma deterioração; já comentei, semanas atrás, que esse calçamento com as chamadas “pedras portuguesas” é inadequado, pois as pedras soltam com frequência criando dificuldades para as caminhadas; esse tipo de calçamento funciona a contento quando há um rigoroso acompanhamento, corrigindo, rapidamente, o menor defeito.

Vejo, com alegria, um tapume em volta do jardim do Ó e a placa indicativa de que a prefeitura vai revitalizar aquele logradouro; já ocorreu a drenagem do canal do bairro Santo Antonio e não sei se os demais canais também já receberam o devido tratamento, que não tem, apenas, a finalidade de embelezar, mas melhorar as condições de higiene, com ganhos para a população.

Aquele espaço da margem direita do Cachoeira, indo da ponte do Marabá até mais ou menos as imediações da Câmara de Vereadores, já há algum tempo que vem sendo isolado, aos domingos, para proveito da garotada, pedalando suas bicicletas, patins e patinetes e outras brincadeiras próprias da infância e da adolescência. Espaços semelhantes devem ser criados nos principais e mais populosos bairros e acredito que o poder público deve envolver as sociedades dos bairros no sentido de ajudar, criando uma consciência que se trata de um patrimônio público que precisa ser preservado, bem cuidado e não ser alvo dos vândalos que só pensam em destruir.

Tenho acompanhado, à distância, as ações do nosso Augusto Castro e acredito que esteja no caminho certo, pois as cidades precisam de executivos sérios, trabalhadores e que tenham sempre em mente que os ungidos pelas urnas recebem uma procuração da população para agirem em seu nome e em seu benefício. As demandas de uma população como a de Itabuna são imensas, exigindo muito trabalho e paciência para convencer os “donos do poder”, lá na capital federal, para liberar os recursos necessários. Mas todos os candidatos sabem, ou deveriam saber, que a prática da política é complexa e, nem sempre, gratificante.