RETORNO À NORMALIDADE


"A população começa a se libertar e vai retornando aos estádios, shows, salas de aula"


Parece que, após quase dois anos de medo e altas taxas de morbi-mortalidade, com o mundo praticamente de joelhos diante da ação de um ser invisível, mas capaz de causar inúmeros estragos, as comunidades vão, pouco a pouco, retornando à normalidade, de volta àquela vida que desfrutávamos antes. Dados mais recentes da pandemia falam em 5 milhões de mortes no mundo todo e, no nosso Brasil, cerca de 600 mil vítimas fatais.

Tal como outras viroses que já causaram incontáveis males, a população mundial aguardava ansiosamente a chegada da vacina, única maneira de diminuir a ação nefasta do vírus e, no início do presente ano, efetivamente começou o processo de vacinação, cujos resultados favoráveis estamos observando agora; no nosso país, as estatísticas mostram que 47% da população encontra-se totalmente imunizada e, assim, essa maldita doença, batizada com o pomposo nome de SARS-CoV-2, vai arrefecendo no seu ritmo louco de destruição.

A população, que se encontrava represada em suas casas e em outros ambientes livres de aglomeração, com medo do coronavirus, começa a se libertar e vai retornando aos estádios de futebol para ver os seus times atuando; os primeiros shows, bem ao gosto da gente brasileira, já começaram; os comerciantes estão mais alegres, pois suas vendas estão sinalizando um aumento e as agências de viagens e turismo estão atentas para as férias que se aproximam; os estudantes estão deixando a monotonia das aulas on-line e já marcam presença nas salas de aula, de volta ao “papo” com colegas e amigos. E há aqueles que já vislumbram os festejos momescos no próximo carnaval que, certamente, aliviará o jejum de uma festa tão ao gosto dos nossos foliões .

Infelizmente, ao lado da boa notícia da curva descendente do coronavírus, o mundo assiste, também com muita preocupação, as mudanças climáticas que estão concorrendo para florestas incendiadas, derretimento das geleiras, cidades e mais cidades inundadas e temperatura inclemente. Pode parecer que não, mas essas transformações climáticas mexem com a saúde das pessoas a ponto da Organização Mundial da Saúde  (OMS) haver alertado, segundo publicado pela revista VEJA, em sua última edição, que “as mudanças no clima constituem o maior risco à saúde que a humanidade tem pela frente”. Advertência de tal porte feita por um órgão da importância e da seriedade de um departamento da ONU, como a Organização Mundial da Saúde, é para causar grande preocupação e temor. Quase 200 países, através de seus representantes reunidos no Acordo de Paris, em 2015, firmaram um documento pretendendo impedir um aumento de 2 graus centígrados na temperatura global, mas o mundo caminha para ultrapassar a barreira de 1,5 graus uma década antes do previsto.

Temos visto pelos noticiários que, apesar de toda tecnologia existente, é quase nulo o enfrentamento às forças da natureza; cidades e povoados desaparecem em pouco tempo quando atingidos por vulcões, terremotos, tsunamis e outros cataclismos que mostram a nossa pequenez e a nossa ineficiência diante dessas manifestações que atingem o nosso planeta e, possivelmente também, outros corpos celestes. É assaz preocupante.