SAÚDE E ENVELHECIMENTO


Tem aumentado, muito, o número de centenários no Brasil


João Otávio Macedo


   Motivo  de preocupação  para  todos os  governantes que, verdadeiramente, se preocupam com o futuro do país, entre outras coisas, o fator do envelhecimento humano  ocupa sempre um dos primeiros  lugares, pois, diferentemente  do  aumento  da população  infantil, a  atenção à saúde dos longevos é mais complicada e mais cara.

Segundo o IBGE, o nosso Brasil tem, atualmente, uma população de 216.538. 120 habitantes sendo 40,2 % do sexo masculino e 50,8 % do  sexo feminino. É bem verdade que o ritmo de crescimento diminuiu bastante pois  em 1952 era  de 3 % e, em 2020, menor que  1 %. Pela  faixa  etária, o maior contingente é entre os de  25  a  64  anos, atingindo 52,73% e, a partir de 65 anos, chega a 8,06 % da população.

De 1991 a 2005 houve um crescimento de 38 milhões de novos brasileiros e a previsão para  2050 é alcançar 260 milhões de habitantes. Somos o  5° país  mais populoso  do  mundo mas a nossa densidade demográfica é de 22,4 hab./km 2.

A expectativa de vida saltou de 33,7 anos em 1900 para 76,8 em 2020 e o IBGE prevê  que a média  de vida será de 80 anos em 2050. Tem aumentado, muito, o número de centenários.

Do ponto de vista da saúde pública a situação é preocupante pois ainda lidamos com problemas da infância e adolescência, embora a mortalidade infantil tenha caído bastante quando passamos, também, a enfrentar os problemas da velhice.

A  velhice, ou terceira  idade, para  alguns, necessita de uma gama de atenção bem maior do que a população  adulta a começar pelas doenças que, disparadamente, acometem mais os idosos além dos  postos  de saúde  e hospitais  voltados para a população  idosa, com suas  necessidades, suas deficiências, utilizando um aparato medico-hospitalar mais  caro, mais complexo e que, na maioria dos casos, diferentemente dos adultos, não pode e não deve esperar muito pela  sua  resolução ou, se não for possível, pelos cuidados necessários nos casos tidos como graves.

Além da atenção primaria à saúde dos idosos, eles necessitam de alimentação adequada,atividades próprias  para  idade, repouso suficiente, lazer, vida  social e espiritual, um  conjunto  de medidas que podem prolongar a vida do idoso e, mais que isso, mantê-lo ativo e participativo.

Os asilos seriam dispensáveis caso todos os idosos gozassem do apoio familiar mas, infelizmente, o que  se  observa em muitas  camadas da sociedade é a pressa em se  desvencilhar o mais rápido possível do idoso, deixando-o  no asilo que, diga-se de passagem, funcionam a contento graças a um grupo de  pessoas devotadas. Mas o ideal seria que a pessoa, caminhando para  os  seus últimos  dias, recebesse o apoio  familiar que, além de muitas vantagens, faz com que o paciente na senectude, encontre, no apoio familiar, as forças necessárias para o enfrentamento dessa situação pela qual a maioria passará e que não é boa.

Como vê o (a)  prezado leitor (a), os problemas de um país são imensos e  complicados ficando mais difícil quando muitos preferem cruzar os braços e  esperar que os governos  resolvam tudo.