Professores de Itabuna decidem continuar em greve


Movimento completou hoje 63 dias, sem acordo entre governo e categoria


Reunidos em mais uma assembleia, professores decidem manter a paralisação das atividades (Foto: Jeremias Barreto/Ascom SIMPI)

Os professores da rede municipal de Itabuna decidiram, em assembleia encerrada há pouco, que continuarão a greve iniciada há 63 dias. Segundo a professora Carminha Oliveira, presidente do SIMPI (Sindicato do Magistério Municipal Público de Itabuna), a categoria não aceita apenas a antecipação do décimo terceiro para encerrar o movimento. “Não tinha outra proposta”, diz ela, por telefone, ao Diário Bahia.

A reivindicação dos educadores é por um reajuste de 6,81%, parcelado em até três vezes; pagamento dos salários atrasados de setembro e outubro dos 157 professores em desvio de função, além da remuneração de outubro de toda a categoria. “Só 605 professores, dos 1.300, receberam. E não é por causa da greve, porque alguns dos que estão em greve já estão com o salário. Então, não sabemos qual foi o critério”, afirma a líder sindical.

A greve interrompe o funcionamento de 99 escolas e a tentativa de negociação com o governo continua. “Pedimos audiência com o prefeito Fernando Gomes ou com a secretária Nilmecy Gonçalves, desde que o secretário da Fazenda, [Moacir Dantas Messias], esteja presente, porque é ele quem faz as contas”, completa a professora Carminha Oliveira.

Vale lembrar que o calendário de reposição de aulas só será elaborado após o fim da paralisação e a estimativa do sindicato é que elas se estendam até após o Carnaval de 2019, de modo a concluir o ano letivo de 2018.