Visita da comitiva de Camarões à ChocoSol pode render parceria para estágio


Grupo conheceu experiência da primeira fábrica-escola de chocolates da economia solidária do Brasil


Ainda repercute a recente visita de um grupo da Embaixada da República de Camarões ao sul da Bahia, para conhecer experiências de cacau e chocolate. Entre elas, a ChocoSol integrou a rota do grupo que saiu do tour com inspiração para levar de volta a seu país de origem.

A comitiva foi recebida em Ilhéus pela equipe da fábrica: o gerente, Andrey Santos, a coordenadora de produção, Sabrina Alves, a coordenadora do Centro Público de Economia Solidária (Cesol) Litoral Sul, Bárbara Aragão, o presidente da Associação Beneficente Josué de Castro (entidade gestora da agroindústria e do Cesol Litoral Sul), Diego Felisardo e demais colaboradores.

A visita foi articulada pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), órgão ligado ao Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil. A comitiva de 12 pessoas acompanhou todo o processo socioprodutivo da fábrica da economia solidária, desde a seleção de amêndoas até a rotulagem dos chocolates.

Para Diego Felisardo, a visita, com pouco mais de um ano de fábrica-escola, mostra que a ChocoSol está no caminho certo. “Temos trilhado uma trajetória de muito trabalho e dedicação que já tem dado bons frutos. A expectativa é que consigamos ampliar o acesso a mercados, pois hoje já enviamos produtos para outros estados e a meta é abrir comércio internacional, então essa visita foi fundamental.”, avaliou

O representante da Embaixada de Camarões em Brasília, Dr. Martial Tchenzette disse que a experiencia foi impressionante. “Percebemos esse vínculo com a agricultura familiar e o desenvolvimento do cacau com a produção de chocolates. Esse modelo que consegue ajudar os produtores é fundamental, pois em muitos lugares vemos que os produtores não vivem da renda do cacau e esse sistema serve de inspiração para nós.”, destacou.

Para ele, o equipamento ChocoSol é uma estratégia fundamental no desenvolvimento da cacauicultura. O potencial da fábrica-escola pode fomentar parcerias importantes entre a República de Camarões e o Brasil, num caminho de intercâmbio de conhecimentos técnicas de produção chocolateira pautado pela prática da solidariedade.

“A República de Camarões poderá perceber como viabilizar uma parceria de estágio para, por meio da Ceplac, enviar estudantes que podem aprender as técnicas de produção de chocolate na ChocoSol. Além disso, vale destacar que Camarões é o 4º maior país produtor de cacau no mundo e a experiência da ChocoSol é valiosa, penso que podemos nos unir com o Brasil para essa troca.”, acrescentou Tchenzette.

Segundo a Ceplac, além de conhecer a região e os chocolates do Sul da Bahia, um dos objetivos do grupo também foi perceber como os produtores da região lidam com as pragas na lavoura de cacau e de que forma se reinventam para seguir com a produção de cacau e Chocolate. (Texto: Rafael Lopes)