Faltam poucos dias para o cidadão-eleitor-contribuinte exercer o constitucional direito de escolher seus candidatos a presidente, governador, senador, deputado federal e estadual.
A responsabilidade é grande. É pela política que se resolve os problemas de um país. O melhor caminho é o da democracia, com o exercício pleno da cidadania.
Cabe ao eleitor a tarefa de buscar informações sobre em quem pretende votar, sua vida pregressa e, se exerceu algum cargo público, saber como se comportou.
O voto tem que ser assentado no aspecto moral associado a competência. Não pode ser influenciado pelo ódio e pela paixão cega. O Brasil e seu povo não suportam mais um governo desastroso, irresponsável e demagógico.
E não adianta depois ficar se lamentando, se queixando do voto que deu, que não sabia que ia ser assim, com o “santinho” virando “satanás”, roubando o dinheiro público.
A internet está aí. Estamos vivendo, como diz o editorial do Estadão, a era da informação massificada. Não há álibi para consciências arrependidas.
Passaporte para Haddad
Só tem um caminho para quem não quer o PT de volta ao poder: votar em Ciro Gomes (PDT) e colocá-lo na segunda etapa eleitoral.
O antipetismo, na sua infantilidade política, pensa que Jair Bolsonaro ganha para o petista Fernando Haddad em um eventual e cada vez mais provável segundo round. Ledo engano.
O tucano Geraldo Alckmin tem razão quando diz que votar em Bolsonaro é um “passaporte para eleger o candidato do PT”. É bom lembrar que o capitão tem uma estrondosa rejeição, já perto dos 50%. Entre as mulheres pode chegar a 65%. Tudo em decorrência do doentio machismo.
Se querem derrotar o PT, votem em Ciro Gomes, que é o terceiro colocado nas pesquisas de intenções de voto, deixando Haddad, o “poste” de Lula, uma espécie de Dilma Rousseff, de fora da disputa.
Qualquer outra opção que não seja a de votar em Ciro, evitando Haddad em uma disputa de segundo turno com Bolsonaro, é entregar o comando da presidência da República ao PT.
Do contrário, o óbvio: se Ciro Gomes não for para o segundo turno, o próximo presidente é Fernando Haddad, eleito o pior gestor do Brasil quando prefeito de São Paulo.
Farinha pouca, meu pirão…
Sob a alegação de que a disputa política não estava sendo justa, proibiram doações de empresas e criaram um fundo eleitoral com dinheiro público. Uma montanha de dindin que lembra a de tio Patinhas.
O candidato tal, por ser conhecido no meio empresarial, recebia milhões de reais, enquanto outros, sem influência, estranhos no ninho do capitalismo, ficavam a ver navios.
Pronto. É o fim da injustiça. Agora todos terão um dinheirinho para bancar sua campanha, mesmo que a distribuição não seja equitativa, com uns recebendo um valor maior, até mesmo duas ou três vezes mais.
Ledo engano. Sem nenhuma regra, tudo passa pela exclusiva vontade dos senhores dirigentes partidários. A dinheirada está sendo distribuída seguindo suas conveniências e interesses políticos.
É preciso criar critérios para a divisão desses recursos. Do jeito que está é que não pode: fulano recebendo quase tudo, sicrano um pouquinho e beltrano nada.
Quando os recursos vinham dos cofres dos senhores empresários, tudo bem. Mas o dinheiro é público, pertence a todos.
Portanto, que se estude uma saída paraacabar com os privilégios de alguns em detrimento da maioria, que parece servir só para eleger os beneficiários do dinheiro meu, seu, de dona Maria, senhor João, enfim, do povo brasileiro.
Meirelles e Fernando Gomes
“É só chamar o Meirelles”, diz a propaganda do presidenciável do MDB. O então candidato a prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, lançou mão do “foram me chamar”.
A diferença é que o povo chamou Fernando. Ele veio e ganhou a eleição. A mesma coisa não acontece com o ex-ministro da Fazenda, com seus 2% nas pesquisas de intenções de voto.
Meirelles deveria pedir ajuda ao pessoal do Posto Ipiranga, mas antes tem que pedir permissão a Bolsonaro.