Artigo de João Otávio Macedo – OS REFLEXOS DA PANDEMIA


“Esses seres minúsculos, só visíveis à microscopia eletrônica, estão aqui na terra há milhões de anos..."


Essa terrível pandemia que continua assustando o mundo, marcará o século XXI como a “Gripe Espanhola” marcou o século passado, logo após o término da segunda guerra mundial, matando cerca de 5% da população mundial de então. Não sabemos até quando irá os estragos causados, nem o saldo que deixará para as gerações vindouras; a cada dia novas e tristes noticias, mostrando o número de infectados e, o que é pior, o número de mortos; a saúde pública, não somente a nossa, mas praticamente, de todos os países, não estava preparada para tamanho número de pacientes, com o caos rondando a rede hospitalar.

Essa COVID-19, tal como batizada pela Organização Mundial da Saúde, desarrumou a vida da maioria dos países, mexeu e continua mexendo com a economia e a recessão começa a mostrar os seus tentáculos.

Aqui no nosso grande país, o atual governo, que começou em janeiro do ano passado, estava indo na direção certa, os problemas econômicos sendo atacados com firmeza e competência e eis que chega esse terrível coronavírus, trazendo o pânico, a dor e a insegurança. O nosso presidente, com seu estilo peculiar de governar que, segundo o jurista e ex-ministro do exterior Celso Lafer, no programa Roda Viva da TV Cultura, parte para o “combate e o confronto”, tem conduzido a alguns momentos de tensão, levando setores importantes da população a um clima de apreensão e medo; dois ministros da saúde e um da justiça deixaram o governo, no meio da crise, não tendo a população uma diretriz segura e a orientação terapêutica para combater a doença; é evidente que a solução definitiva para essa virose, como as demais, enquanto não aparecem remédios eficazes, é a vacinação, que ainda deve demorar algum tempo.

Criou-se uma celeuma grande em torno da cloroquina e da hidroxicloroquina, com o presidente apregoando o seu uso enquanto uma potente rede de comunicação, por varias vezes ao dia, faz questão de desqualificar essa orientação terapêutica. Onde está verdade? O Conselho Federal de Medicina, órgão máximo dos médicos brasileiros, recomendou a sua utilização, em alguns casos, embora aguardando estudos mais aprofundados e mais sérios, o que é  demorado e custoso. Trata-se de uma medicação que, há  décadas, vem sendo usado no tratamento da malária e, mais recentemente, no tratamento de outras doenças mas que, segundo opinião de gente abalizada e que não está presa aos grandes interesses dos laboratórios, não deve ser usada indiscriminadamente.

Enquanto essa droga miraculosa não chega, vamos seguindo as diretrizes recomendadas para evitar a propagação do vírus e a sua queda que, infelizmente, não é repentina.

Aqui, no nosso Brasil, além da crise na saúde – a mais preocupante, pois trata-se da vida das pessoas – temos uma crise política e outra econômica, esta, consequência da pandemia; gostaria que o n osso presidente freasse um pouco o seu ímpeto e moderasse o seu palavreado pois está conduzindo um governo sério e sem corrupção, fato que não víamos há alguns anos; está rodeado por alguns oficiais – generais das nossas forças armadas, pessoas que aprendem, nas suas respectivas academias, a cultivar a ética, a decência, a honestidade e a querer bem ao nosso valioso país.