A FALTA DE LÍDERES


“Muitos políticos preferiram o caminho de discussões tolas e ineficazes enquanto o vírus se alastrava”


O avanço dessa terrível pandemia que está assolando o mundo desde o início do ano tem mostrado alguns aspectos que poderão servir como exemplo para futuras ações. Que o mundo científico desconhecia as ações mortíferas desse vírus fica evidenciado no número de vítimas e nos pequenos resultados colhidos no seu combate. O mundo continua sonhando com a bendita vacina que, para alguns, resolveria todos os problemas embora, para outros, os resultados poderão não ser espetaculares mas, de qualquer maneira, já seria, ou já será, um passo importante para o seu enfrentamento.

Fazendo-se uma  análise do que tem ocorrido, chegamos à conclusão da falta de autênticos líderes mundiais, aqueles dirigentes dos países mais importantes  e  mais  ricos que  poderiam ter deflagrado uma campanha mundial, tão logo foram detectados os  primeiros  casos da pandemia, em assembleias científicas permanentes, com a participação dos melhores cérebros da área; acredito que se isso houvesse ocorrido, desde o início, o avanço da virose teria sido bem menor e, talvez, já estivéssemos no uso de drogas eficazes.

Infelizmente não temos líderes à altura das necessidades dos povos. Quando do final da segunda guerra mundial, para terminar de vez com o conflito e frear a belicosidade de alguns militares japoneses, os Estados Unidos concentraram esforços, recursos e cérebros no projeto Manhattan e, dali, saiu o projeto da bomba atômica. Evidente que não estamos preconizando nenhuma ação bélica, mas um esforço concentrado para enfrentar um inimigo invisível, e que muitos males está causando diante da inércia do mundo científico.

Muitos políticos preferiram o caminho de discussões tolas e ineficazes enquanto o vírus se alastrava; um projeto semelhante ao Manhattan, com recursos alocados pelo mundo todo e a soma de experiências dos vários e bons cientistas que temos espalhados pelo mundo bem que já poderia ter mudado o curso da doença.

Para botar mais lenha na fogueira, eis que surge um médico italiano, nas chamadas redes sociais, alardeando que estamos bem próximos a uma hecatombe, com um extermínio deliberado de boa parte da população mundial; ele chega, inclusive, a convocar as pessoas a não fazerem uso dessas vacinas que estão sendo anunciadas e que, segundo ele, matariam mais gente do que uma ação profilática.

Diante da inércia de alguns e do tom alarmista de outros, ficamos no meio sem saber direito o que fazer e voltamos, então, ao início da conversa, quando citamos a ausência de verdadeiros líderes, tão necessários em um momento tão difícil como o mundo está passando. Só mesmo apelando para o Criador.