Tenho acompanhado, embora sem muita frequência, o noticiário político e, como não poderia deixar de ser, a figura central é o controvertido presidente da república, com suas tiradas nem sempre ao gosto de todos, como tudo na vida, mas que, de qualquer maneira, espelham o seu pensamento.
Analisando, sem muita paixão, mas com um olhar mais crítico, as atitudes do ex-oficial do exército brasileiro, guindado à presidência da república pela expressiva maioria do eleitorado, vê-se que, ao contrário da maioria dos políticos, ele, até o momento, tem cumprido o que prometeu. Lembro-me bem de uma entrevista sua, muito antes da posse, quando dizia que o seu maior problema seria o de desmontar os mal feitos cometidos pelos governos anteriores, a partir de 2003. Pouco a pouco, vamos tomando conhecimento de autarquias desnecessárias, de milhares de funcionários ociosos, nomeados, unicamente, para empregar adeptos do partido que muito mal fez ao país; de embaixadas inúteis em países de pouca expressividade; de muito dinheiro “doado” a nações alinhadas com a ideologia que conduziu o nosso Brasil recentemente; é grande o volume de dinheiro que já retornou ao país, roubado por políticos e altos funcionários do governo, graças às ações da operação Lava-Jato.
Está o presidente enfrentando uma tenaz campanha de setores importantes da imprensa, ora por conotações eminentemente ideológicas, ora por ter perdido algumas “mamatas” que foram cortadas pela equipe do presidente, que conseguiu organizar um ministério bom, formado por pessoas que não foram alçadas ao poder mediante aquelas trocas muito comuns até pouco tempo atrás e muito ao gosto dos políticos.
O controvertido problema do meio ambiente está na ordem do dia, com opiniões diversas e, pela sua complexidade, fica difícil uma tomada de posição; é um assunto que deve ser exaustivamente debatido pela classe política, pela opinião pública, deixando de lado o viés ideológico, atentando-se para as reais necessidades do nosso país.
O estilo despachado do nosso presidente lembra-me, até certo ponto, o dos ex-presidentes Janio Quadros e João Batista Figueiredo, este o último general-presidente, ambos sem muita paciência para enfrentar as perguntas, algumas vezes descabidas, de alguns profissionais da comunicação. O Janio Quadros conhecia muito bem o vernáculo e não empregava palavras toscas, como ocorre, alguma vezes, com o Bolsonaro, que costuma fugir, dessas armadilhas, utilizando as chamadas redes sociais, onde atua brilhantemente e tem um público cativo e fiel.
Nesses oito meses de governo, muita coisa já foi feita, os meandros da economia estão sendo ajustados pela competência e seriedade do ministro Paulo Guedes e sua competente equipe e, acredito, veremos o renascer de um novo país, apesar da vontade contrária de muitos, principalmente, aqueles que perderam as benesses em governos que não governaram o país como um todo, mas para uma minoria que sonhava, ardentemente, em se perpetuar no poder.