Estamos entrando no segundo ano marcado pela presença desse perverso coronavírus, espalhado pelos quatro cantos do mundo que, além de causar a perda de milhares de vidas preciosas, que por si só já seria uma ocorrência terrível e inesperada, considerando o avanço da ciência, mormente da medicina, com todo o seu arsenal nos campos da propedêutica e da terapêutica, mas que se tornou ineficaz diante do avanço de um ser biológico, que nem uma célula é, já que formado por fragmentos de citoplasma. O ano de 2020 ficará marcado na história universal pela ocorrência dessa pandemia, pelos estragos causados em todas as atividades humanas e no desarranjo da economia mundial.
Na semana presente ocorreu o reinício das aulas, na maioria das escolas, utilizando a tecnologia “on line”, com os jovens atentos às telas dos celulares ou dos computadores, acompanhando os ensinamentos dos professores; não deixa de ser um pequeno passo, tal como ocorreu no ano passado, propiciando a essa juventude altiva e inquieta a oportunidade de entrar em contacto com os colegas, mesmo sem o aconchego das presenças dos mesmos nas salas de aula. Os jovens, tal como as demais pessoas, estão longe das aglomerações, dos grupos, das salas dos cinemas e dos ambientes onde gostam de reunir, para bater papo, discutir futebol, paquerar enfim, fazer tudo aquilo que um jovem gosta de fazer quando dispõe de plena liberdade; em nome de combater a propagação da pandemia, essa liberdade encontra-se tolhida e não se sabe até quando.
De janeiro para cá, ocorreu o início da vacinação, que está seguindo um cronograma traçado pelas autoridades, todos aguardando que apresente os efeitos almejados, ou seja, capacidade realmente imunizante e afugente esse solerte agente biológico. Espera-se que, no mais curto espaço de tempo, toda a população esteja vacinada. Como já comentamos, recentemente, se as nações ricas, com parque tecnológico de ponta e cérebros suficientes quiserem, essas vacinas estarão prontas e à disposição da população.
O anseio de liberdade não motiva, apenas, a juventude, mas todas as pessoas que estavam acostumadas e frequentar os parques, os shoppings, as praias, os bares e restaurantes; veja-se o aspecto lúgubre dos diversos campeonatos de futebol, sem a presença da torcida, justamente o que aumenta o colorido de uma arena futebolística, envolvendo a paixão dos torcedores que “brigam” pelos seus ídolos e pelos seu clubes. Até mesmo os jogadores sentem a falta da torcida, com o seu necessário incentivo.
Vamos aguardar os primeiros resultados da vacinação quando as autoridades poderão fazer uma melhor análise e pensar no “afrouxamento” das medidas restritivas à liberdade, embora saibamos da sua necessidade, já que temos poucas armas poderosas frente a um inimigo possuidor de alta capacidade de mortalidade.