Artigo de João Otavio Macedo – EM BUSCA DA LIBERDADE


“se as nações  ricas, com parque tecnológico de  ponta  e cérebros  suficientes quiserem, essas vacinas estarão prontas”


Estamos  entrando  no segundo ano marcado  pela presença  desse perverso coronavírus, espalhado pelos  quatro cantos  do mundo  que, além de causar a   perda  de milhares de vidas   preciosas, que por si só já seria uma ocorrência terrível e inesperada, considerando o avanço da ciência, mormente da medicina, com todo o seu arsenal nos  campos da propedêutica  e da terapêutica, mas que se tornou ineficaz diante do avanço de um ser biológico, que nem uma célula é, já que formado por fragmentos de citoplasma. O ano de 2020 ficará marcado na história universal pela ocorrência dessa pandemia, pelos  estragos causados em todas  as atividades humanas e no  desarranjo da economia  mundial.

Na  semana  presente ocorreu  o reinício  das  aulas, na maioria  das  escolas, utilizando a  tecnologia  “on line”, com os jovens  atentos  às  telas dos celulares  ou dos  computadores, acompanhando  os  ensinamentos  dos professores; não deixa de ser um pequeno passo, tal como ocorreu no ano  passado, propiciando a  essa juventude  altiva  e inquieta a oportunidade de  entrar em contacto com os colegas, mesmo sem o aconchego das presenças dos mesmos  nas  salas de aula. Os jovens, tal como as  demais pessoas, estão longe das aglomerações,  dos grupos, das salas dos cinemas e dos ambientes onde gostam de reunir, para  bater papo, discutir  futebol, paquerar enfim, fazer tudo aquilo que um jovem gosta de fazer quando dispõe de plena liberdade; em nome de combater a propagação da pandemia, essa liberdade  encontra-se tolhida e  não se sabe até quando.

De janeiro para cá, ocorreu o início da vacinação, que  está seguindo um cronograma traçado pelas autoridades, todos  aguardando    que apresente os  efeitos almejados, ou seja, capacidade realmente imunizante e afugente esse solerte   agente  biológico. Espera-se que, no mais  curto espaço de tempo, toda a população  esteja vacinada.  Como já comentamos, recentemente, se as nações  ricas, com parque tecnológico de  ponta  e cérebros  suficientes quiserem, essas vacinas estarão prontas e à  disposição da  população.

O   anseio de liberdade não  motiva, apenas, a juventude, mas todas as pessoas que estavam acostumadas e frequentar os parques, os shoppings,  as  praias, os  bares e  restaurantes; veja-se  o aspecto  lúgubre dos diversos campeonatos de futebol, sem a presença da torcida, justamente o que aumenta o colorido de  uma arena futebolística, envolvendo a  paixão dos  torcedores que “brigam” pelos seus ídolos e pelos  seu  clubes. Até mesmo os jogadores sentem a falta da torcida, com o seu necessário incentivo.

Vamos aguardar  os primeiros  resultados  da vacinação quando  as  autoridades  poderão fazer uma melhor análise  e pensar no “afrouxamento” das  medidas  restritivas à  liberdade, embora  saibamos  da sua necessidade, já que temos  poucas armas poderosas frente a um inimigo  possuidor de  alta   capacidade  de mortalidade.