Artigo de João Otavio Macedo – NO MUNDO DA BOLA


Da primeira copa, nos anos trinta, até os dias presentes, muita coisa mudou no Brasil e no mundo


Era o título de um bem acompanhado programa de notícias desportivas, nos anos cinquenta, transmitido por uma importante emissora de radio numa época, como disse recentemente em um artigo nessas páginas, o futebol carioca galvanizava as atenções dos amantes do “esporte bretão”, outra frase muito citada pelos narradores desportivos.

Estamos em plena copa do mundo, realizada no Qatar e contando com a participação de 32 (trinta e duas) equipes futebolísticas com algumas peculiaridades interessantes e que vale a pena abordar. É a primeira vez que a copa é realizada em um final de ano; é, também, a primeira vez que tem, como cenário, um país do golfo pérsico, bem distante das imagens conhecidas da América do Sul e da Europa.

Das 32 equipes em disputa, o nosso Brasil é o único que participou de todas as copas do mundo e líder absoluto ostentando as cinco conquistas mundiais. Conquistamos o penta, há alguns anos, e estamos correndo atrás do ambicionado título de hexacampeão.

Da primeira copa disputada no Uruguai, nos anos trinta, até os dias presentes, muita coisa mudou no Brasil e no mundo, inclusive no futebol, com os técnicos das equipes utilizando novas táticas e estratégias, com a parafernália tecnológica colocada à disposição dos atletas e da comissão técnica na preparação e aprimoramento dos participantes.

A nossa seleção só veio a conquistar o primeiro título mundial em 1958, nos campos da Suécia e, de lá para cá, conquistou mais quatro copas. Nem sempre o resultado foi satisfatório e, em 2014, presenciamos aquele “fiasco” quando perdemos para a briosa seleção da Alemanha pelo elástico e deprimente placar de 7 a 1; um fato inusitado como esse levará dezenas e dezenas de anos para se repetir.

E assim estamos de olhos “pregados” na telinha da TV vendo o desenrolar de mais uma copa do mundo; alguns craques estão sendo revelados, outras estão em fim de carreira e aquela massa de estrangeiros que está tendo o privilégio de uma participação “in loco” trará, de volta ao seu país, boas recordações dessa nova experiência que estão vivenciando lá nos longínquos países do Golfo Pérsico.