AS PESQUISAS E OS PREFEITURÁVEIS



Todas as pesquisas de intenções de voto para a cobiçada prefeitura de Itabuna apontam um empate técnico entre os três primeiros colocados. O quarto da acirrada disputa se encontra bem longe do terceiro. Em alguns cenários a diferença é de quase vinte pontos percentuais.

Não havendo algum acidente de percurso, o próximo gestor de Itabuna sairá do trio que desponta na frente. Não há nenhum indício de que possa haver uma reviravolta. Fulano e sicrano, respectivamente o quarto e o quinto, continuam sem mostrar reação. Os outros estão com uma pontuação bem baixa.

Outro ponto comum nas consultas é que os chamados vereadores-prefeituráveis estão provocando uma surpresa negativa, com pontuações muito abaixo do esperado. A péssima imagem do Parlamento municipal respinga nas pré-candidaturas dos edis. Quem agiu certo, com inteligência, foi o vereador Babá Cearense, que desistiu da aventura de ser prefeito de Itabuna para buscar o segundo mandato consecutivo via instituto da reeleição. O que se comenta nos bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus, é que tem edil pensando em seguir a sábia e prudente decisão de Babá.

Os vereadores-prefeituráveis ainda correm o risco de terem suas postulações abortadas, sem dó, piedade e compaixão, pela cúpula estadual das legendas. As lideranças políticas são pragmáticas, agem de acordo com suas conveniências e interesses pessoais. Dificilmente darão continuidade a quem caminha para ter uma votação pífia. Os chefes partidários, na base do manda quem pode, obedece quem tem juízo, estabelem um limite de tempo para que o prefeiturável melhore sua pontuação nas pesquisas, sob pena de não disputar o processo eleitoral. No latim, “conditio sine qua non”.

A análise da sucessão do prefeito Fernando Gomes vai ficando mais formatada, menos nebulosa na medida que se aproxima o prazo para realizar as convenções partidárias, que vai de 31 de agosto a 16 de setembro.

No mais, é esperar os acontecimentos para uma análise mais incisiva. O certo é que teremos uma eleição atípica em decorrência do novo coronavírus. Um sufrágio com mascarados pedindo votos e tubinhos de álcool gel no bolso.

PS – Todas as pesquisas apontam uma alta rejeição ao governo Fernando Gomes e um forte sentimento de mudança. O primeiro ponto atinge em cheio o prefeiturável Son Gomes, sobrinho do alcaide. Sem falar na dificuldade histórica de Fernando transferi votos, ser um bom cabo eleitoral. O segundo item corresponde a uma expressiva parcela de mais de 60% do eleitorado, que estão dispostos a não votar em quem já foi prefeito de Itabuna, o que termina beneficiando Mangabeira (PDT) e Augusto Castro (PSD).