Continua a repercussão positiva da participação sul-baiana no Chocolat Festival, na semana que antecedeu a Páscoa, na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo. O evento, que teve o apoio do Governo da Bahia, recebeu cerca de 20 mil pessoas e gerou R$ 5 milhões em negócios, abrindo um novo e importante mercado para o chocolate de origem produzido no Sul do Estado.
O setor cresce 30% ao ano, com uma enorme demanda, em função da qualidade e com teores de amêndoas que variam de 50% até 100% de cacau, num produto de grande valor agregado.
“A avaliação é altamente positiva. Passamos três anos planejando o festival e como o cacaueiro também frutifica em três anos, chegou o momento de expandir e consolidar o chocolate de origem”, afirma o coordenador do evento, Marco Lessa.
Ele considera que as marcas chegam a São Paulo de forma madura, com qualidade, embalagens atraentes. “O resultado disso é que muitos consumidores disseram que não precisam mais comprar produtos premium da Europa, o que demonstra a potencialidade dos nossos produtos como negócio sustentável”, comemora.
Durante três dias, além da Feira do Chocolate, com mais de 40 marcas de origem do sul da Bahia, o festival teve atividades como o Fórum do Cacau, Biofábrica de Cacau, Cozinha Show, Bean to Bar (da amêndoa ao chocolate), ChocoDay, Ateliê do Chocolate e Cozinha Kids, um espaço especial para degustação e elaboração de chocolates, que fez a alegria das crianças.
Atração de novos mercados
Gerson Marques, que produz o Chocolate Yrerê e também atua no setor de turismo rural, destaca: “Como primeiro festival em São Paulo do chocolate de origem da Bahia, ele cria condições para futuros eventos. Os produtores estão muito satisfeitos com a exposição e as vendas realizadas e as perspectivas de novos negócios”.
Para Henrique Almeida, do Chocolate Sagarana, o evento foi um sucesso de público e de negócios. “Estamos chegando com força onde sonhamos e trabalhamos pra isso, que é o mercado paulista, que também pode ser a porta de acesso ao mercado internacional”, declara, animado.
Marly Brito, que produz um mix de café, cacau e chocolate, ressaltou a intensa visitação durante os três dias, a comercialização de todos os produtos, além de garantir vendas futuras. “Essa é uma oportunidade de aproximar o chocolate de qualidade do público paulista, que passa a perceber de um produto de origem com alto teor de cacau para o chocolate comum”.
Em junho, acontece, em Ilhéus, o Festival Internacional do Cacau e Chocolat, o Chocolat Bahia. Este é considerado o maior evento do gênero no país, que movimenta os setores de agroindústria, comércio, lazer, serviços e turismo.
