A notícia de que Geraldo Simões estaria deixando o Partido dos Trabalhadores é falsa, maldosa e caseira. Vem dos próprios “companheiros” da legenda, de dentro do petismo.
A sucessão de Fernando Gomes vai ser marcada por uma avalanche de “fake news”, principalmente nas redes sociais e mais especificamente nos grupos de WhatsApp, onde a fofoca, disse-me-disse, invencionice e a picuinha correm soltas.
Não é a primeira vez – e não será a última – que espalham que o ex-prefeito de Itabuna vai deixar o partido que ajudou a fundar em Itabuna, salvo engano o primeiro PT do sul da Bahia.
Estão dizendo agora que o ex-alcaide está indo para o PSB de Lídice da Mata. A inverídica notícia, sem pé e cabeça, vem na esteira da possível saída de Luiz Caetano do PT.
Caetano pode mesmo ir para o partido socialista. O ex-gestor de Camaçari está muito magoado com o governador Rui Costa, que o deixou fora do governo. Ou seja, desempregado. Politicamente, a ver navios.
É evidente que uma decisão de Geraldo Simões de largar o petismo, não seria uma gigantesca surpresa, daquelas que causam espantos, arrepios e deixam todos perplexos e atônitos.
Geraldo vem sendo, há muito tempo, tratado com desdém pela cúpula estadual. Seu relacionamento com os dirigentes é muito ruim. Quando aparecem juntos, por força das circunstâncias políticas, o esforço para mostrar que as arestas não existem mais, que são coisas do passado, é teatral. Nos bastidores, é um pega-pega.
Como não bastasse a implacável perseguição do comando estadual do PT, sob a batuta de Everaldo Anunciação e a orientação de Josias Gomes, hoje secretário de Desenvolvimento Rural, Geraldo Simões nunca teve uma boa aproximação política com o governador Rui Costa.
O ex-gestor de Itabuna, por duas vezes, é ligado ao senador Jaques Wagner, que não é muito chegado a Josias, deputado federal licenciado. Com efeito, o ex-morador do Palácio de Ondina não quer mais a permanência do atual grupo que domina a legenda.
Segundo o sempre bem informado jornalista Raul Monteiro, do Política Livre, Wagner pode disputar a presidência do PT ou indicar um nome para concorrer com o candidato do atual staff.
Geraldo Simões, o alvo preferido do josianismo, espera o resultado do “Wagner versus Josias”, torcendo, obviamente, por uma vitória do ex-governador, seu companheiro de verdade, sem aspas.
Um dos motivos dessa incontrolável birra de Josias com Geraldo, tem como pano de fundo a sucessão de 2020. Josias quer ter o aval do diretório municipal para sua pretensão de sair candidato a prefeito de Itabuna. Geraldo, que tem o controle da legenda, já deixou bem claro que não apoia o “companheiro”.
Concluindo, diria que essa eleição do PT, que vai indicar o próximo presidente estadual da sigla, pode significar um novo momento para Geraldo ou a continuação do inferno astral.
No mais, o ex-alcaide de Itabuna continua firme no PT. Sem nenhum pensamento de procurar outra agremiação partidária, como deseja o prefeiturável Josias Gomes.