NAÇÃO DIVIDIDA


No tempo dos comícios, como comentei na semana passada, os ânimos ficavam mais acirrados vez que os candidatos falavam para uma plateia mesclada


A luta política é dura em qualquer parte do mundo e a conquista do poder é motivo de muito falatório, muitas intrigas, traições e, inclusive, homicídios. Até mesmo na escolha do Papa, realizada na Capela Sistina, naquele ambiente que parece estar fora das coisas mundanas, a disputa é acirrada, parecendo com as lutas cá de fora, inclusive com vaias.

No tempo dos comícios, como comentei na semana passada, os ânimos ficavam mais acirrados vez que os candidatos falavam para uma plateia mesclada com correligionários, apoiadores e indiferentes, principalmente quando havia oradores inflamados, como Carlos Lacerda, com sua “metralhadora giratória”, procurando destruir os adversários. Getúlio e Juscelino foram algumas das vítimas do tribuno fluminense e memoráveis foram as sessões da Câmara dos Deputados, que àquela época era no Rio de Janeiro, com o duelo Carlos Lacerda X Vieira de Mello.

Mas aquelas disputas eleitorais de anos atrás não apresentavam o aspecto de agora, quando a Nação parece estar dividida e isso tudo passou a ocorrer após a ascensão do PT, cognominado, certa vez, pelo então Senador Mão Santa, de “Partido da Tragédia”. O governo que o Brasil passou a ter, a partir de 2003, foi responsável pela maior falcatrua da história deste país, haja vista o “Mensalão”, o “Petrolão” e os seus desdobramentos; veja-se o número de detentos, inclusive o seu chefe maior que, apesar de todas as evidências da roubalheira, continua dando as cartas, da prisão, e acredito que venceria a eleição, caso não estivesse cassado pela justiça. Até quando?

Os arautos desse partido criaram uma dicotomia do “nós e eles” e boa parte do povo, principalmente aquela camada de menos instrução e que se contenta com o dinheiro distribuído, dinheiro oriundo da gente que trabalha e paga impostos escorchantes e que é distribuído, alguma parte para os realmente necessitados, mas uma outra parte, para manter um exército de preguiçosos e invasores de terras.

Agora, quando vamos caminhando para as eleições dentro de alguns dias, eis que a pesada propaganda – e propaganda os petistas sabem fazer muito bem – volta-se toda contra o candidato Jair Bolsonaro, que ainda convalesce de um covarde ataque, a faca, que por pouco não lhe tirou a vida. O candidato aparece como um verdadeiro “demônio” e os que o acompanham são os “eles”; rotula –se o candidato como inimigo das mulheres e das minorias mas, diferentemente dos que ocuparam o poder de 2003 a 2016, com malversação do dinheiro público amplamente denunciada pelos meios de comunicação, o candidato Bolsonaro está no Congresso há alguns anos e não pesa, contra ele, nenhuma acusação de falcatrua e envolvimento em esquema de corrupção.

É bom relembrar que o ex-presidente que se encontra preso, ao assumir o governo em 2003, alardeava ter recebido uma “herança maldita” de Fernando Henrique quando, “herança maldita” é a que estamos vivenciando, Ou alguém de sã consciência estará satisfeito com o Brasil que temos, no momento?

Para os que buscam a razão para a análise dos fatos, deixo estas provocações e vamos aguardar as eleições.