NATAL E NOVO ANO



Fim de ano é um período muito movimentado e, também, voltado para algumas reflexões. Primeiramente, já que vivemos no ocidente, sob a forte presença do cristianismo, comemoramos o Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, uma data que, verdadeiramente, não sabemos ao certo, mas que o calendário da Igreja coloca no dia 24 de dezembro. Segundo a tradição cristã, nessa data, em uma manjedoura simples em Belém da Judéia, nasceu o Menino Jesus, prontamente adorado pelos três Reis Magos que, seguindo uma estrela, vieram do oriente para homenagear o salvador da humanidade. Isso tudo está na tradição cristã e, para os que não crêem, o Natal não deixa de ter o seu valor já que a maioria de nós muda o seu comportamento, pensa-se na fraternidade entre as pessoas e os povos e há essa troca de  mensagens e de presentes, além da tradição do Papai Noel, verdadeiro encantamento para a gurizada.

Após o Natal deparamos com a mudança de ano e novas reflexões; ano novo é esperança de melhores dias, de concretização de sonhos longamente acalentados; virada no calendário e o anseio de que o mundo se torne melhor, o que nem sempre acontece; mudança de comportamento, refazendo velhos valores, realçando a fraternidade, com respeito e amor ao próximo, tudo isso pode contribuir para uma comunidade melhor, para um mundo melhor. E aí, mais um ensinamento do Cristo, que “a paz esteja convosco”; essa paz tão falada e que, se realmente estivesse no coração de todos os homens e mulheres, o mundo seria outro, bem melhor.

Como pensar em paz quando vemos genocídios sendo praticados em algumas partes do mundo, tal como sucede, no momento, na Síria? Que paz é essa quando um sujeito joga o peso de um caminhão sobre pessoas que se divertiam e se preparavam para os festejos de fim de ano em uma cidade da Alemanha, matando alguns e ferindo dezenas, entre adultos e crianças?

Infelizmente, nunca houve uma autêntica paz no mundo; além das guerras mundiais, convivemos com guerras focais, que não deixam de ser guerras e de destruir vidas; a ganância, a  corrupção, o obscurantismo, o fanatismo religioso, o enorme lucro adquirido com a fabricação e venda de armas letais, contribuem para afastar os seres humanos, desestabilizar a convivência entre os povos e  afastar a tão sonhada e desejada paz.

Mas, se cada um de nós, cumprir o dever e os ensinamentos cristãos, já se terá alcançado alguma conquista , contribuindo para melhorar o mundo.

Que o espírito de Natal invada cada um de nós e que o enfrentamento de um novo ano seja feito com dedicação, respeito, fraternidade visando a tão almejada paz mundial.

João Otavio  Macedo.