Há dois anos que o mundo vê-se às voltas com uma pandemia terrível, que atingiu milhões de pessoas, causou a morte de outros milhões e continua amedrontando as populações de diferentes pontos da terra; o vírus causador dessa pandemia continua aprontando, tendo causado profundas transformações em todos os aspectos da vida social; praticamente, nenhum setor deixou de sofrer a sua influência, mesmo quando não agiu diretamente contaminando as pessoas; estamos colocando toda a esperança nas vacinas, que já começaram a oferecer algum resultado e, também, pela ação da natureza, como já ocorreu com outras pandemias, quando os casos foram pouco a pouco diminuindo, até chegar a um equilíbrio suportável.
Pois bem, ainda não nos livramos desse pesadelo motivado pela COVID-19 e eis que o todo poderoso “manda-chuva” da Rússia resolve invadir um país, seu vizinho e antigo aliado, deflagrando uma possível guerra que será, em tudo por tudo, muito danosa para os habitantes do planeta terra. Aquelas imagens e cenas que a maioria de nós não viu, ou porque éramos pequenos ou porque ainda não havíamos nascido, expondo o barulho sempre temido das sirenes, já que prenuncia iminentes ataques, estimulando a população a correr para abrigos subterrâneos para se livrar das bombas vindas de um ataque aéreo, ou mesmo, de tanques de guerra ou de outras armas temidas, pelo poder de destruição de vida e de edifícios. Essas imagens, que julgávamos esquecidas para sempre nos escaninhos dos colecionadores, voltaram a aparecer na tela da TV, escancarando a miséria da guerra e causando muita emoção nas pessoas sensatas que julgavam que estaríamos livres de outra guerra, após aqueles horrores que dominaram o último grande conflito mundial, a segunda guerra mundial, que durou de 01 de setembro de 1939 a 8 de maio de 1945 e no qual morreram cerca de 40 a 60 milhões de pessoas, entre militares e civis; a segunda guerra começou, também, com as forças nazistas invadindo a Polônia; a história se repete, outrora foi Hitler invadindo e anexando nações da Europa livre; agora, o déspota Putin invade a Ucrânia e, não satisfeito, também ameaça mais duas nações livres, a Suécia e a Finlândia, caso elas insistam em participar da OTAN.
Já houve a Liga das Nações e, presentemente, desde a década de cinquenta, que temos a Organização das Nações Unidas (ONU) reunindo as nações livres e tentando frear a sanha desses aventureiros internacionais, mas a questão é complicada. A Rússia é a nação de maior extensão territorial do mundo, com mais de 17 milhões de quilômetros quadrados e o seu dirigente máximo acha de invadir a Ucrânia, país de pouco mais de 600 mil quilômetros quadrados, um pouco menor que a área do Estado de Minas Gerais.
Nada justifica um conflito como esse que se anuncia após a invasão da Ucrânia pela Rússia. O estadista Benjamin Franklin disse que “nunca houve uma guerra boa ou uma paz ruim” e o nosso papa Francisco nos ensina que “construir a paz é difícil, mas viver sem ela é um tormento”.
E assim leitores, encontramo-nos à espera do desenrolar desse conflito internacional, ansiando pelo seu término e pelo retorno à paz. De miséria já basta aquilo que não podemos controlar, como as doenças e as epidemias. Que esses que se julgam “donos do mundo” tenham um pouco de juízo e de comiseração pelos semelhantes.