QUANDO FALTA O BOM SENSO


“Será que é necessário criar novas leis, além de tantas já existentes, para normatizar o uso dessas possantes máquinas em nossas pequenas ruas?”


 

Já há algum tempo que venho pensando em escrever algo sobre o bom senso, principalmente quando observo fatos do cotidiano, nas nossas ruas, contrariando todas as normas da civilização e do relacionamento que deve reinar entre as pessoas.

Há várias definições para o bom senso, mas o principal é a capacidade de agir de forma coerente, sensata, prudente e inteligente em qualquer situação.

É o padrão intuitivo que todo ser humano, possui, de saber ser razoável e, principalmente, equilibrado ao fazer as coisas certas, agindo de acordo com o que se espera pela sociedade.

Resido na rua Rio Pardo, bairro Góes Calmon, há 43 anos, uma rua relativamente curta que tem início na rua Gileno Amado e termina no muro que circunda o Shopping Jequitibá. Pois bem, de algum tempo para cá, alguns moradores da referida rua resolveram que a rua deve ser transformada em pista de corrida de moto e o horário para tal façanha é, geralmente, no final da tarde, com um barulho ensurdecedor, pelo máximo de aceleração aplicada à moto e, não satisfeitos com isso, resolveram aplicar os seus dotes nos chamados “cavalo de pau”. Não se preocupam com a possibilidade de um atropelamento de alguma criança que costuma brincar na rua. Será que é necessário criar novas leis, além de tantas já existentes, para normatizar o uso dessas possantes máquinas em nossas pequenas ruas? Será que esses indivíduos não têm o mínimo de bom senso e enxergar que estão incomodando a paz pública?

O que se verifica no trânsito é uma barbaridade; por ocasião da última enchente, encontrava-me com algumas pessoas no passeio da Livraria Brasília, rua Paulino Vieira, quando as águas começaram a ajuntar, transformando-se num “prato feito” para alguns motoristas que, propositadamente, aceleravam seus carros e nos dando um banho de água suja. Terminada a proeza, partiam sorrindo, certamente para contar adiante a “boa ação” que fizeram.

Se a maioria das pessoas usasse o bom senso, a vida seria mais tranquila e menos estressante; o uso do bom senso evitaria inúmeros conflitos e o relacionamento humano entre pais e filhos, entre os casais, entre patrões e empregados, enfim, o relacionamento entre as pessoas e grupos humanos seria mais ameno e ditado pela fraternidade.

Não há necessidade de se criar mais leis para direcionar o comportamento humano; basta que cada um pese o que faz, o que diz e como atua no seio da sociedade tendo o cuidado de não prejudicar o seu semelhante; quantas guerras não seriam evitadas?

Deixo esses exemplos e essas reflexões para cada um (uma) dos leitores e o desejo de aprimorar o relacionamento entre as pessoas.