Quando a Coluna Wense dizia que o rompimento do vice-prefeito Enderson Guinho (União Brasil) com o alcaide de Itabuna Augusto Castro (PSD) era só uma questão de tempo, a turma do chefe do Executivo e do ex-vereador disseram que eu estava delirando, sendo portador de uma invencionice irresponsável, que a minha intenção era tumultuar a relação política entre o prefeito e o vice.
O passar do tempo, que é inexorável e senhor razão, mostrou que eu estava certo, que o fim da boa convivência política do prefeito com o vice estava próxima. Cheguei a dizer que até as freiras do convento das Carmelitas achavam que a rachadura e a quebra de confiança eram favas contadas.
Conversando com meus próprios botões, ficava impressionado com a ingenuidade dos que me criticavam. Confesso que chamei alguns deles de idiotas. Tenha santa paciência ! Augusto já como pré-candidato a um segundo mandato (reeleição) tendo um vice, que era secretário de Esportes, como prefeiturável, seu adversário na sucessão de 2024.
O prefeito, que não é nenhum bobinho, muito longe de ser um bobo da corte, ao tomar conhecimento do desejo do vice de disputar o cobiçado comando do centro administrativo Firmino Alves, abriu os olhos, que foram crescendo e ficando arregalados como os da coruja, obviamente em direção ao vice.
Augusto Castro, esperto todo, conhecedor das artimanhas do movediço, cruel e traiçoeiro mundo da política, já duas vezes deputado estadual, não iria criar uma “cobra” para ser picado por ela. E uma “cobra” politicamente venenosa.
Enderson Guinho segue seu caminho e Augusto o dele. O vice anda cometendo um erro atrás do outro. Se não tiver uma boa votação em Itabuna na sua campanha para deputado federal, vai ter que começar tudo de novo. Ou seja, voltar a ser vereador.
Faltou a Enderson Guinho calçar as sandálias da humildade. Político assim, tem vida curta.