VANE E JOSIAS DISPUTAM O APOIO DO GOVERNADOR RUI COSTA



 

O ex-prefeito Claudevane Leite, mais conhecido como Vane do Renascer, será mesmo candidato na sucessão de Fernando Gomes?

Vanessa. Foto: arquivo/Diário Bahia

Depende do governador Rui Costa. Essa é a resposta mais consistente. Em conversas reservadas, o ex-alcaide tem dito que só disputa a prefeitura de Itabuna se o chefe do Palácio de Ondina estiver do seu lado.

Essa condição que Vane impõe para ser prefeiturável é a mesma que viabilizaria o desejo de Josias Gomes de ser o postulante do PT na eleição de 2020. Ambos, no entanto, têm o mesmo obstáculo pela frente: o diretório municipal, sob a batuta de Geraldo Simões, que é o “Senhor de ferro” do petismo tupiniquim, assim como Maria Alice foi, em priscas eras, a “Dama de Ferro” do DEM.

Confesso que não sei os verdadeiros motivos que levam o petismo local a não aceitar Vane como pré-candidato da legenda. Em relação a Josias, secretário estadual de Desenvolvimento Rural, até as freiras do convento das Carmelitas sabem.

A diferença entre Vane e Josias, quando o assunto é sucessão municipal, é que o primeiro não aceita conversar com Fernando Gomes, hoje aliado do governador Rui Costa. Já o petista, não descarta Dinailson Oliveira, sobrinho do gestor e secretário municipal de Administração, como seu candidato a vice-prefeito.

Josias Gomes. Foto: divulgação

No fernandismo, existe uma parcela significativa que ainda acredita que Fernando Gomes possa disputar o sexto mandato, mesmo com a idade avançada na efervescência do processo sucessório.

O que chama atenção nesse começo de articulação, com Vane e Josias querendo ser o candidato de Rui Costa, é o desdém com Geraldo Simões, sendo tratado como se fosse uma carta morta, sem nenhuma utilidade no jogo sucessório.

No tocante ao PCdoB e PSB, legendas da base aliada inseridas no campo da esquerda, Josias e Vane são da opinião que vão seguir os passos do governador Rui Costa. Vale lembrar que os dois partidos têm importantes lideranças de Itabuna no primeiro escalão do governo.

Com efeito, o único partido 100% rebelde da base de sustentação política do governismo é o PDT do médico Antônio Mangabeira, que faz oposição ao governo Fernando Gomes sem se preocupar com a aliança do alcaide com o governador.

Em conversas reservadas, entre correligionários bem próximos de Fernando, o que se comenta é que a tentativa de buscar o sexto mandato depende do governador Rui Costa. “É só ele entregar o que prometeu”, diz um deles.

Ainda é cedo para fazer um diagnóstico mais apurado sobre o pleito de 2020. Ainda tem muita água para passar sob as pontes de Itabuna, tanto suja como limpa.