A luta pela preservação da vida inicia-se desde o momento da concepção e permanece por toda a existência do ser vivo, seja ele animal ou vegetal, seja um ser inferior ou um situado no topo da escala filogenética. É difícil e árdua a luta pela vida, sob todos os pontos de vida falando, e os problemas ligados à manutenção da saúde não ficam atrás; não é à toa que as queixas relacionadas ao atendimento nos postos de saúde, nos hospitais, as longas filas, a falta de medicamentos e de materiais e equipamentos para um efetivo atendimento à saúde da população, ocupem boa parte do noticiário nos meios de comunicação. O avanço tecnológico aplicado à área da saúde é algo fantástico, mas muito caro; a população dos países mais carentes sofre muito por não ter acesso fácil a esse avanço primoroso da tecnologia aplicada no diagnóstico e tratamento das enfermidades.
Um dos maiores avanços na área médica foi a descoberta da vacinação, método prático, simples, seguro e mais barato para evitar o aparecimento de doenças e isso tem salvado milhões de vida nos últimos séculos; a vacinação age evitando algumas doenças transmitidas por vírus e bactérias e são incalculáveis os benefícios alcançados; a vacinação, as melhores condições de higiene, água tratada, destino correto para o lixo e esgoto, alimentação correta, tudo isso constitui um leque de benefícios que tem contribuído para o crescimento da média de vida das populações.
Infelizmente, em algumas áreas, inclusive no nosso Brasil, tem diminuído o número de pessoas vacinadas, não por ausência governamental, mas o que é pior, por um descaso de parte da população que não procura os postos de vacinação, deixando de vacinar, principalmente, as crianças. O Ministério da Saúde tem, reiteradamente, chamado a atenção da população para que não deixe de vacinar e, agora mesmo, que estamos próximos da chegada do inverno, o chamamento para se vacinar contra a gripe, doença viral causada por vários tipos de vírus, principalmente o H1N1, que pode levar a quadros mais graves de infecção respiratória.
Oura doença, também viral, que tem diminuído o número de crianças vacinadas, é a poliomielite, a temida paralisia infantil que ainda não foi erradicada por culpa da própria população, que não dá a devida atenção ao ato de vacinar as crianças. Felizmente, em relação ao Brasil, a poliomielite é considerada erradicada, mas melhor razão para aumentar o número de crianças vacinadas, pois como o vírus ainda circula em algumas áreas do planeta, poderá reaparecer em qualquer lugar.
O Rotary International, essa organização mundial formada por homens, mulheres e jovens de ambos os sexos que têm, apenas, o desejo de servir, desde 1985, quando lançou a campanha Polio Plus, que vem envidando esforços para acabar com a poliomielite, através de doações de seus sócios mais abastados, do trabalho desinteressado e humanitário de todos os componentes da família rotária, já conseguiu doar 1,7 bilhão de dólares, o que beneficiou cerca de 2,5 bilhões de crianças em 122 países. Essa campanha do Rotary incentivou alguns milionários, como Bill Gates, que também se incorporou e já doou alguns milhões de dólares. Oficialmente, apenas Afeganistão, Paquistão e Nigéria ainda apresentam casos de poliomielite.
Vacinação é um meio seguro, mais barato, para evitar doenças que, uma vez instaladas, para serem tratadas, custam caro.