Mesmo um pouco distante, contudo, é muito difícil ficarmos alheios ao mundo complicado da política que, embora às vezes difícil para entender, desperta as atenções da maioria da população,mesmo porque, são eles, os políticos, que dirigem o destino da nação, tomam atitudes que mexem com os salários e com o bolso da população. Num regime democrático, como o que estamos vivendo, com todas as instituições funcionando plenamente, nos três poderes da república repousa a esperança de melhores dias para o povo deste inigualável país.
Neste radioso mês de maio, voltamos a ver parte da população, em algumas cidades, comparecer às ruas, ora para protestar, ora para dar apoio ao presidente Bolsonaro, numa movimentação pacífica que só se observa onde há democracia; ou será que alguém vê demonstrações semelhantes em Cuba e na China?
O governo atual encontra-se no poder há cinco meses, mas enfrentando duros embates pela tentativa de efetuar algumas mudanças que, fatalmente, desagradarão a alguns privilegiados; são medidas que foram prometidas pelo então candidato, que parecia não ter muitas chances de vitória, mas uma vez no poder, tem procurado cumprir o que prometeu pelas redes sociais e que galvanizou setores importantes do eleitorado, principalmente a juventude. Pelo que sei e tenho ouvido, tem sido fiel às promessas, embora tenha mexido num “vespeiro” imenso, a reforma da Previdência, segundo vozes abalizadas, da máxima importância para o presente e, principalmente, para o futuro do país.
É um pouco temerário o seu embate com parte do Congresso, já que passou mais de vinte anos ocupando a cadeira de deputado federal e deve saber, mais do que nós, que nos encontramos distante, que os presidentes que enfrentaram o parlamento, se deram mal; são os males do presidencialismo, mas isso é outra história, da qual também já falamos, semanas atrás. É bem verdade que merece aplausos a sua decisão de não cair naquele “troca-troca” que dominou, recentemente, a história política do país. Teve a coragem de escolher um ministério que, excetuando poucas figuras, merece aplausos e que não teve a ingerência de grupos políticos que só pensam em “mamar nas tetas” do poder.
O atual presidente não tem o cabedal de conhecimento e embasamento intelectual de um Fernando Henrique Cardoso nem o carisma de um Juscelino Kubitschek, dois presidentes que moldaram as feições do Brasil, preparando o terreno para as gerações futuras, além de serem dois legítimos democratas; ambos enfrentaram tenaz oposição, mas souberam superar as dificuldades. Bolsonaro segue as pegadas dos dois no que se refere à integridade e ao cumprimento do prometido: não vai adiantar muito querer implicá-lo em possíveis desvios de conduta de um dos seus filhos, hoje senador da república, que é maior, ocupante de importante cargo no legislativo nacional e em condições, portanto, de responder pelos seus atos.
Esperamos que o presidente, tendo o seu competente Ministro da Economia à frente, os dois consigam convencer os senhores parlamentares a aprovarem a reforma da Previdência e outras reformas, também necessárias para “mexer” com o país, possibilitando enfrentar as crises que surgirão; poucos países estão em condições favoráveis nesse turbilhão que envolve desemprego, avanço tecnológico, poluição e outros problemas que estão surgindo e se agravando a cada ano.