Artigo de João Otavio Macedo – O apelo das águas


“governos têm que fazer campanha vigorosa para diminuir poluição dos rios e mananciais de água doce”


A revista ROTARY BRASIL, uma das publicações do Rotary International, enfocou, no mês de março último, o problema das águas, num alentado trabalho intitulado O APELO DAS ÁGUAS, mostrando os problemas que vêm se acumulando ao longo dos séculos e que só a partir de algumas décadas a humanidade percebeu o tamanho do problema por ela mesma gerado e que precisa de solução urgente. O Rotary escolheu o mês de março como o mês das águas, aproveitando para ampliar a campanha incluindo o saneamento básico e higiene. Calcula-se que, em cada três pessoas, uma não tem acesso a água potável e duas em cada grupo de cinco pessoas sem instalações adequadas para lavar as mãos com água e sabão. A escassez de água afeta 40% da população mundial e 4 bilhões não têm acesso aos serviços básicos de saneamento. É muito grande o número de crianças, principalmente nos países mais pobres, que adoecem e morrem com doenças infecto-contagiosas transmitidas pela água contaminada.

Os diferentes governos têm que fazer uma campanha vigorosa para diminuir a poluição dos rios e mananciais de água doce; o que costumamos ver quando os rios enchem, levando a poluição de toda ordem, com as águas das enchentes que tomam a direção dos mares e oceanos; até camas, colchões, geladeiras, outros móveis, descem com as águas, numa demonstração que os nossos rios e cursos d’água não são bem tratados pela população. Também precisamos tratar, melhor, as nascentes; calcula-se que, em 31 anos, a superfície de água encolheu 7,5% no Brasil e o país perdeu 1,5 milhão de hectares, área semelhante a 10 cidades do estado de S. Paulo.

Felizmente, a humanidade acordou, embora um pouco tarde, para os problemas que podem ser englobados, todos, no caldeirão do meio ambiente, aí incluída, evidentemente, a questão da água. Acredito que as escolas poderão dar uma significativa colaboração, mostrando, aos jovens estudantes que devemos tratar, muito bem, o planeta terra que é, afinal, a nossa casa. A indústria já começou a dar a sua colaboração com a fabricação de carros e máquinas cada vez menos poluentes; o carro elétrico já é uma realidade, acreditando alguns que, dentro de poucos anos, não vejamos nenhum carro movido a combustível fóssil, rodando nas nossas ruas e estradas. Não há dois caminhos: ou a população se conscientiza e reage ou caminharemos para a destruição do planeta terra.