“Como é, amigo? Itabuna o q?”


Conheça o conteúdo do artigo da publicitária Munuela Berbet sobre o aniversário de Itabuna


Por Manuela Berbert

Olha olha, se não é o aniversário da centenária Itabuna! Com um tiquinho a mais de experiência, diga-se de passagem, afinal temos um treze a mais aí, o que, sei lá por qual motivo, reanimou os petistas geraldistas. Aiai, só eu tomando um café pra acompanhe essa celeuma…

Cinco horas da manhã de hoje a alvorada deu o ar da graça. E nem precisava estar em revoada comendo aquele tradicional sarapatel no Galo Vermelho pra escutar. Tomei um susto com a quantidade de fogos e prontamente lembrei: é aniversário dela, da diferenciada! Oh terra pra ter personagem, né?! Jorge Amado, se deu foi bem, mas se tivesse nascido por agora teria histórias ainda mais, digamos, #diferentes. Uma sentadinha no Senado da Cinquentenário e pronto, era certo escrever uns três livros por mês. Dois ou três grupos de políticos & personalidades no WhatsApp e pronto, o Oscar da criatividade tava garantido! Sei não se Marco Wense iria gostar disso, viu?! Sei não!

Só sei que cinco horas da manhã e eu acordada, com uma gripe danada. Cresci com meus pais dizendo que Itabuna é muito úmida, e por isso a gente sobre tanto de rinite, sinosite e esse tanto de ite que só existe pra nos confundir. “Mas é ótimo pro cacau!”, escutava. E confusa mesmo eu fico quando leio nos Instagram de fuxico que Itabuna nunca foi a terra do fruto de ouro, e sim a colega vizinha. “Como é, amigo?” Você pode até dizer que o negócio caiu e abalou a cidade, mas você não pode nos negar esse passado. E olha só, de reviravolta Itabuna entende, viu?! Porque ela foi lá e aprendeu a se virar e se sustentar com um comércio aquecido e importante para toda a região. Eu fico triste quando vejo o Centro tão sem expressão, sem beleza, sem vida. Poderia estar melhorzinha, né não, Mauro?! Vai que é tua, secretário!

E para finalizar, digo que Tabocas (chamada assim carinhosamente quando rola um fuxico grande) é sim um lugar legal pra se viver, desde que você saiba viver nela. Ainda lembro da euforia adolescente de passar pelo quebra-molas do Katikero pra ver quem tava, e de ir andando tomar um sorvete na Bobbys, coisinhas simples que o tempo (e outras coisas mais) nos furtou! Cidade quando cresce, ganha muito e perde um tanto, também. Tabocas vive nessa linha tênue entre a evolução e a simpatia cordial de antigamente, e talvez as próximas gerações possam dizer o que deu e o que não deu certo. “Ah, mas a gente pode sim, dizer que nossa cidade tá super diferente!” “Como é, amigo?


Manu Berbert é Publicitária