Por João Otavio Macedo
Sempre que se discute os problemas econômicos da nossa região, o tema cooperativismo aparece como uma possível solução, seguindo exemplos encontrados no sul do país e, principalmente, em outros países, onde o cooperativismo foi o caminho encontrado, satisfazendo a uma maioria que vivia envolvida por contínuas e crescentes dificuldades econômicas.
O cooperativismo é uma “doutrina que preconiza a colaboração e a associação de pessoas ou de grupos com os mesmos interesses a fim de obter vantagem comum em suas atividades econômicas”. O movimento nasceu no Reino Unido e a primeira experiência exitosa ocorreu em 1838 quando 28 tecelões criaram a Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale; das ilhas britânica o movimento migrou para outros países da Europa. Chegou ao nosso país há mais de um século e tem sido uma grande e salutar solução em muitas atividades.
O cooperativismo apresenta algumas vantagens, como a adesão voluntária e livre; gestão democrática; participação econômica dos membros; autonomia e independência; educação, formação e informação; intercooperação; interesse pela comunidade. Se na nossa região o cooperativismo tivesse se desenvolvido, como era de se esperar, talvez não tivéssemos tantos problemas; infelizmente, houve várias tentativas e poucas obtiveram sucesso. O que teria faltado para que essas tentativas frutificassem? Teria faltado liderança forte ou uma falta de espírito cooperativista? Por que a maioria deu certo em outros lugares e aqui não?
No último dia 18 do corrente, nos salões da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) houve uma bonita festa em comemoração aos 35 anos da UNIMED ITABUNA – Cooperativa de Trabalho Médico – e os 25 anos do SICREDI REGIÃO SUL DA BAHIA, até poucos meses atrás conhecida como UNICRED, cooperativa de crédito, duas realidades em nossa cidade e na região, demonstrando o espírito cooperativista e provando que quando se trabalha com afinco, seriedade, competência e, acima de tudo, honestidade, a empresa tem tudo para dar certo.
No comando das duas citadas cooperativas encontra-se Sílvio Porto de Oliveira, referência maior no seio da classe médica regional e que tem devotado toda a sua capacidade de trabalho – que não é pequena – aos dois empreendimentos, que servem como exemplo quando o assunto é cooperativismo. Sílvio tem, ainda, o mérito de aliar a competência à generosidade e, nessas efemérides das empresas que dirige, faz questão de homenagear fundadores, antigos e atuais diretores, funcionários, sempre enaltecendo o trabalho em grupo. Não foi diferente a solenidade do último dia 18 e todos que lá compareceram saíram felizes e agradecidos por pertencerem a duas organizações, ambas semelhantes no modo de operar, embora em áreas diferentes, dirigidas por pessoas sérias e comandadas por um timoneiro que maneja o leme com vigor e maestria.
A UNIMED e a SICREDI são dois exemplos vivos do cooperativismo de resultados podendo ser seguidos por quantos se dispuserem a enveredar por essa seara que pode muito bem transformar as feições de uma comunidade. Para melhor.
