eSports ganham espaço no Brasil e já contam com milhares de jogadores profissionais 


Jogatina digital passou a ser permitida no país a partir de 2018


    Por muito tempo, os jogos eletrônicos foram vistos apenas como uma alternativa de diversão para crianças e adolescentes, mas nos últimos anos o cenário competitivo da modalidade cresceu assustadoramente, dando origem aos eSports.

    Os esportes eletrônicos têm tido um crescimento surpreendente em território nacional desde 2016, e conforme são lançados novos games, são criadas também novas competições e o setor tem se desenvolvido cada vez mais. Uma prova disso é a quantidade de pro players (jogadores profissionais) presentes no país. 

    Acredita-se que atualmente no Brasil há ao menos 8,6 mil pro players, que atuam principalmente em quatro modalidades.

    CS:GO é o mais popular

    O Counter-Strike: Global Offensive, mais conhecido entre os players somente por CS:GO, é um game desenvolvido pela Valve Corporation. Ele é considerado o título que conta com mais jogadores profissionais em terras tupiniquins. A estimativa é de que a modalidade abrigue 2,9 mil competidores que frequentemente participam de torneios e se dedicam a aprimorar suas habilidades no jogo. 

Na segunda posição, temos o League of Legends, MOBA criado  pela Riot Games e que no Brasil tem 2,6 mil cyberatletas. Em seguida, temos outro game da Riot, mas dessa vez um FPS (Tiro em primeira pessoa), o Valorant – por aqui, ele conta com 1.846 jogadores profissionais. No ranking mundial, o Brasil está no top 10 de países com mais jogadores profissionais, sendo que o país chama atenção por sua quantidade de cyberatletas no CS:GO e Valorant. 

iGaming ganhando espaço

Apesar de títulos como CS:GO e League of Legends arrastarem uma multidão de fãs e contarem um cenário competitivo consolidado, eles não são os únicos games que estão fazendo um sucesso tremendo no Brasil. Isso porque os jogos de cassino online, ou iGaming, também estão ganhando seu espaço entre o público tupiniquim. 

A jogatina digital passou a ser permitida no país a partir de 2018 e desde então plataformas como os cassinos online seguros caíram no gosto popular, ao oferecerem principalmente um catálogo rico em jogos clássicos, como roleta, poker, blackjack e slots, a um preço acessível, onde além de tudo o usuário recebe diversas vantagens somente ao se cadastrar no site. Essas plataformas permitem que os amantes de uma boa jogatina não precisem mais viajar para fora do país ou se arriscar frequentando um estabelecimento ilegal em território nacional para ter algumas horas de diversão. E nesses poucos anos de atuação, junto aos sites de palpites em eventos esportivos, eles estão entre os nichos de entretenimento mais importantes do Brasil.

O crescimento dessa indústria tem sido tão acelerado no Brasil que, no último mês, foi realizado em São Paulo pela segunda vez o maior evento de iGaming da América Latina, o Brazilian iGaming Summit (BiS), que reuniu em um só lugar representantes de 16 países diferentes interessados em investir no mercado nacional. 

O Brasil conta com um dos mercados mais promissores do mundo quando o assunto são os cassinos online e apostas esportivas, sendo que no mundo, esse nicho movimentou aproximadamente US$125 bilhões no ano passado, e tem apresentado um avanço anual de 12,5% ao ano.

Com esse crescimento tão acelerado e os montantes impressionantes que são movimentados todos os anos, o país tem acelerado o passo na tentativa de criar um marco regulatório para essa indústria. Em fevereiro deste ano, foi aprovado na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 442/91, que regulamenta diversos tipos de jogos de azar em território nacional, tanto no ambiente digital quanto físico.

Contudo, a proposta ainda é vista como um assunto controverso, e diversos parlamentares têm sido contrários a regulamentação desse setor, que de acordo com seus defensores poderia gerar R$30 bilhões em recursos para o Estado, através da tributação e emissão de licenças de operação. Ainda assim, há uma grande expectativa de que o PL 442/91 seja votado no Senado e talvez sancionado pelo presidente até o final de 2022.