Os prefeitos e vereadores nem bem tomaram posse e eis que as cobranças estão surgindo a todo vapor, como se fosse fácil executar as promessas de campanha e, também, se os recursos estivessem sobrando; e começa aquela marcha para Brasília, atrás dos parlamentares alinhados com o governo municipal, ministros e altas figuras da administração pública federal, visando angariar recursos para executar obras no município.
Essa história é antiga e repetitiva, todos os políticos sabem disso, mas, como o poder fascina, o que não falta é gente querendo chegar aos píncaros do poder, seja ele municipal, estadual ou federal.
O governante, na esfera executiva, deve eleger prioridades, já que os recursos são limitados mas, como as carências são muitas e algumas exigem urgência, nem sempre é fácil elencar e executar essas prioridades, mormente quando se considera que a maioria dos municípios brasileiros não dispõe de água tratada e sem o devido tratamento para o lixo e os esgotos; o saneamento básico deveria ser obra prioritária para qualquer governante, até que vençamos esse quadro de sujeira que nos envergonha, causa de muitas doenças infecto-contagiosas.
O aspecto dos jardins, ruas e avenidas deve sempre ser levado em conta, mantendo-se a limpeza que, ao ser executada, realça, muitas vezes, algumas belezas que se encontravam escondidas, pela sujeira e pela falta de manutenção; é muito comum pessoas que vão ao exterior retornarem exaltando as belezas que viram em algumas cidades de outros países, principalmente das ruas e avenidas floridas; não sei se todos que vão ao exterior notam que a população local não costuma sujar o espaço público, como é comum observar na maioria das cidades do nosso país; há quanto anos fala-se em despoluir o nosso sofrido Cachoeira, hoje um grande esgoto a céu aberto?; quem concorre para jogar objetos plásticos, pneus velhos, papelão e outros detritos no nosso outrora importante rio?
Felizmente, o poder municipal melhorou as pistas que margeiam o Cachoeira, entre as pontes do Conceição e do São Caetano e isso já deu uma nova feição, facilitando a prática da corrida, da caminhada e outras modalidades esportivas e lazer; é preciso, agora, que a população dê a sua colaboração e proteja os melhoramentos ali realizados, que se encontram à disposição de todos.
Talvez, quem sabe, no futuro, o cais que protege as margens do Cachoeira possa ser ampliado e alcançando a BR-101; claro que, por ser uma obra cara, terá que receber recursos de fora; a população só terá a lucrar.
A nossa Itabuna, para quem aqui nasceu e aqui sempre viveu, como é o meu caso, já passou por grandes transformações e novas conquistas surgirão; quando menino, a cidade dispunha de menos de vinte bairros; hoje, são algumas dezenas; o êxodo rural concorreu para surgirem novos bairros e aumentar os já existentes; para alguns, é o preço do progresso mas, para os dirigentes sérios, mais uma questão a resolver.