Charles Henri deixa rastro de glamour e amor por Itabuna



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Desfilar na “Beija-flor” era uma das paixões de Charles

Por Celina Santos

Ele foi registrado como Carlos Henrique Britto do Espírito Santo, mas construiu uma imagem pública tão forte como Charles Henri que poucos sabiam do nome original. Por volta das 9 horas da manhã de sexta-feira (17), no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, o colunista social mais famoso do sul da Bahia deu o último respiro. Mas, certamente, estará para sempre na memória regional.

Charles tinha um aneurisma que não se manifestava, estava em preparação para fazer uma cirurgia cardíaca, mas acabou sofrendo um AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico na segunda-feira (13), quando passou por uma cirurgia. Teve complicações no dia seguinte e ficou na UTI até a última hora.

O profissional, dono de uma figura vaidosa e imponente, teve 78 anos (com licença para só agora revelar) de uma vida regada a glamour, elegância e devoção ao padroeiro São José, para quem fazia questão de confeccionar os andores da procissão. Como comprovam os amigos, nutria um amor imensurável pela cidade onde nasceu. “Ele foi quem melhor falou de Itabuna para o mundo todo. Charles era uma pessoa além daqui”, atestou a amiga Maria Fernanda Galvão, apelidada por ele de “Bela Nanda”.

Brilho na trajetória

Organizador de concursos de beleza e anfitrião de jantares majestosos, Charles Henri tinha entre suas paixões a escola de samba Beija-flor, onde desfilou em muitos carnavais, e o Itabuna Esporte Clube, do qual foi presidente. Ele também soltou a voz na Rádio Difusora e mostrou o rosto impecavelmente barbeado na tela da TV Santa Cruz, apresentando o programa Somos Nós. Por último, chegou a ter um programa na TV Itabuna.

Nos principais jornais da cidade, manteve colunas que evidenciavam a face das personalidades locais. Para não fugir da modernidade, o colunista social exibia os “Flashs VIPs” dos eventos mais badalados em sua página no Facebook.

Depois do velório na Catedral de São José, constantemente frequentada por ele, um cortejo emocionado foi até o Cemitério Campo Santo, para se despedir, num sábado, de um dos personagens mais marcantes da história de Itabuna.

A comoção social pela perda de Charles Henri foi manifestada em notas de pesar encaminhadas pela Prefeitura de Itabuna e pela Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC).