O pastor Edimar da Silva Brito, 36 anos, suspeito de ser o mentor do assassinato da pastora Marcilene Oliveira Sampaio, 38 anos, e de sua prima Ana Cristina Santos Sampaio, 37 anos, foi colocado em liberdade nesta segunda-feira (19). O pastor recebeu uma alvará de soltura da Justiça de Vitória da Conquista.
Em entrevista ao repórter Marcos Soares, Rádio Difusora, o advogado do suspeito, Antônio Rosa, afirma que não há provas o suficiente para manter o pastor preso. Ele explica que o pastor teve um desentendimento com o marido da vítima, mas isto não seria o suficiente para mantê-lo preso. O advogado defende a afirmação de que o pastor é inocente e ressalta que todo esse tempo preso foi um constrangimento para ele.
Edimar estava preso desde 26 de janeiro de 2016, quando foi localizado em um fazenda na cidade de Ibitupan, local para onde teria fugido após a morte da pastora e da prima.
O crime
O caso aconteceu no dia 25 de janeiro de 2016, em Vitória da Conquista. A pastora Marcilene e a prima, Ana Cristina, estavam junto com o marido da pastora, Carlos Eduardo de Souza, quando tiveram o veículo abordado por dois homens que estavam em um carro Versa. Fabio de Jesus, teria levado Carlos ao Versa e, sob a mira de uma arma de fogo, espancou Carlos diversas vezes. Quando Fabio voltou a conduzir o veículo, o marido da pastora fugiu ao conseguir provocar um acidente. Marcilene e Ana ficaram com Adriano, sendo assassinadas a pedradas.
O pastor foi apontado como mandante do crime pelos dois homens acusados de serem os executores: Adriano Silva dos Santos, 36, e Fabio de Jesus Santos, 34.
Amigos das vítimas relataram à polícia que os desentendimentos com Edimar começaram quando Marcilene e Carlos passaram a não aprovar o comportamento do pastor e, por conta disso, deixaram a igreja de Edimar e fundaram outra.