Por Auriana Bacelar
A mineração é uma das maiores forças econômicas da Bahia, posicionando o estado como um dos principais produtores de minerais no Brasil. De acordo com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), o setor movimenta não apenas a economia, mas também promove o desenvolvimento social e tecnológico das regiões envolvidas.
A produção baiana é a mais diversificada do país, com destaque para o ouro, níquel, cobre, minério de ferro e cromita; além de ser o primeiro estado em requerimentos de área para pesquisa mineral.
“Na perspectiva da transição energética e da energia limpa, a mineração tem papel fundamental. E a Bahia se destaca porque os minerais disponíveis aqui têm grande potencial. Devemos crescer e nos desenvolver ainda mais nesse sentido”, explica Vladson Menezes do Sindicato das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB-BA).
O Sul do Bahia
O Sul do estado, em especial, tem um papel central nesse cenário. O município de Itagibá abriga a Mina Santa Rita, operada pela Atlantic Nickel, uma das maiores produtoras de níquel sulfetado do mundo, responsável por gerar 2 mil empregos diretos, sendo 70% da força de trabalho composta por moradores da região.
Outros municípios, como Teixeira de Freitas e Itapebi, contribuem significativamente com a extração de cobre e ouro, respectivamente; enquanto Ilhéus se destaca pela produção de areia, argila e materiais para construção civil.
Recentemente, a cidade símbolo do cacau foi palco de um importante encontro do setor: o 6º Seminário de Mineração da Bahia (SEMBA), que reuniu empresas, profissionais e especialistas para discutir o futuro da mineração no estado. Organizado pela Atlantic Nickel, o evento contou com cerca de 500 participantes e 33 expositores.
A próxima edição do SEMBA será realizada no mês de outubro de 2025, em Salvador, dentro da Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (EXPOSIBRAM), considerado um dos mais relevantes eventos da mineração da América Latina.