Se o saneamento de Itabuna for para o Governo da Bahia, conforme o Termo de Cooperação enviado à Câmara Municipal, qual a garantia de que os direitos trabalhistas dos 308 servidores efetivos da Emasa serão preservados? Essa dúvida dos trabalhadores predominou na audiência de terça, 25, promovida pelo relator do projeto de lei do Termo, o vereador Carlito do Sarinha (SD).
Para Zé Silva (PSDB), a estabilidade dos funcionários ficaria comprometida. “Ninguém fez concurso pra Embasa, fez para a Emasa. Se a Emasa acaba, acabam todos os direitos”, reforçou. O Governo da Bahia pretende absorver 158 servidores da Emasa. “Preocupa onde vão ser colocados esses 150”, declarou Ailson Sousa (PSDB), concursado da Emasa.
Alguns servidores ainda pediram o fim da ingerência política que, segundo eles, tem transformado a Emasa num “cabide de emprego”. “Enquanto houver gestão manipulada pela política, a empresa seguirá desacreditada”, declarou Emerson Almeida (11 anos de Emasa). Sobre a transferência da gestão, opinou que “as garantias é que estão faltando, para definir se passa ou não”.
O Sindae também manifestou preocupação com o Termo e espera que nenhum trabalhador seja prejudicado. Por fim, o relator Carlito do Sarinha sustentou que o projeto será analisado sem pressa e que ouvirá outros segmentos da sociedade interessados no assunto. “Vamos discutir. Eu não podia preparar o parecer sem ouvir primeiro os funcionários”, frisou o parlamentar.