– PARA a solidariedade tão típica do brasileiro, sobretudo do baiano e, para falar do nosso contexto, do itabunense. O desejo de ajudar o próximo fica muito claro, por exemplo, no resultado alcançado pela campanha Natal Solidário Para Todos. Capitaneada há 25 anos pela juíza do Trabalho Eloína Machado, a iniciativa ganhou a adesão da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), além dos órgãos públicos, clubes de serviço e da sociedade em geral.
Esse esforço permitiu a entrega de toneladas de alimentos e, a novidade, brinquedos. Em momentos que arrancaram lágrimas dos voluntários, o material foi entregue em áreas periféricas da cidade, como Buraco da Gia, Corbiniano Freire, Favela do Bode, Gogó da Ema e Nova Califórnia. Tais locais, vale lembrar, são carentes de infraestrutura e de ações do poder público capazes de, ao menos, minorar a gigantesca desigualdade social espalhada também por aqui. Desigualdade, aliás, é comum nos “quatro cantos” desse país com dimensão continental.
Sim! A hora é de exercitar o desprendimento, incorporar os apelos para aflorar os melhores sentimentos entre as pessoas. Porém, seria bom – aliás, é urgente – que nós carreguemos o impulso para novos comportamentos, principalmente, até 2018. Afinal, será tempo de mais uma vez escolher os representantes políticos em âmbito regional (governadores e deputados estaduais) e na União (Presidente, senadores e deputados federais).
De nada adianta vivermos em uma democracia, fruto de 20 anos de lutas, se não houver bom senso para eleger. Sem lucidez no voto (bem longe daqueles favores que vão do saco de cimento às malas de dinheiro e passagens aéreas), seguiremos “teleguiados” pelas atitudes deploráveis que tanta vergonha e nojo causam à MAIORIA dos brasileiros. Povo alegre, cordial, solidário e batalhador.