O ex-prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, disse ter recebido da Igreja Assembleia de Deus o convite para ser candidato a deputado – estadual ou federal. Mas ele disse não. “Nesse momento eu não quis; agradeci e recuei. Não tenho convicção de que vou ser candidato, mas não estarei alienado da política; eu sempre fiz a boa política e sempre estarei envolvido nela”, afirmou ao Diário Bahia.
Para o ex-gestor, saiu da Prefeitura deixando uma cidade melhor do que encontrou. Lembramos a ele que todo prefeito se refere a uma “herança maldita” dos antecessores e perguntamos: O que o senhor deixou desse tipo de herança para Fernando Gomes? Vane, então, citou números param mostrar o que considera realizações do governo dele.
“Nós pegamos uma cidade que devia R$ 500 milhões. Essa herança, com certeza, foi antes de mim. Nós pegamos a folha da Prefeitura com 83% e praticamente nada funcionava na cidade; era chamada de buracolândia; o Hospital de Base era chamado ‘casa da morte’ e o que aconteceu em Itabuna não aconteceu em nenhuma cidade do país. Gastava 83% com folha, mais 6% do duodécimo da Câmara. Só aí vai pra 89%. Nós trabalhamos muito. Tanto é que tivemos vários reconhecimentos fora de Itabuna”, argumentou.
Ele reforçou detalhando a quais reconhecimentos se referia. “A Revista Isto É deu destaque a nossa administração, a Folha de São Paulo também, a FIRJAM (Confederação das Indústrias do Rio de Janeiro), quando nós pegamos a cidade, era uma das últimas na questão fiscal. Em quatro anos, subimos de 5.001 para 2.023. Nós avançamos praticamente três mil cidades. Fui Prefeito Empreendedor pelo Sebrae, algo que me orgulha. Então, essas instituições falam mais do que eu”, enumerou.
“Dinheiro em caixa”
De acordo com Vane, não deixou problemas financeiros ao sair da Prefeitura. “Pagamos a folha, até o lixo de dezembro nós pagamos e deixamos em torno de R$ 6 milhões em caixa. Deixamos as coisas funcionando”, considerou.
A exemplo de quando foi candidato, o ex-prefeito sustenta que é necessário um projeto de 20 anos para o resgate de Itabuna. “Onde a gente pudesse aplicar os recursos de maneira eficiente”, concluiu, sempre destacando que o governo dele primou por essa eficiência no trato do dinheiro público.