Na madrugada desta quinta-feira (2), completam sete dias do desabamento de parte do Shopping Popular em Itabuna. Ao contrário do que diz a liminar judicial, a demolição parcial ainda não aconteceu.
De um lado, o prefeito Fernando Gomes disse que faria o que determinasse a Justiça, mas entendia a necessidade de demolição total da obra. Mencionou um estudo segundo o qual foram usados menos de 40% da quantidade de cimento necessária para a construção das colunas do Shopping Popular.
“O engenheiro Chico França fez o estudo. O material deveria ter 220 quilos de cimento. Tinha apenas 80. Isso aqui [os escombros do shopping] é obra de roubalheira, safadeza”, disparou ainda na quinta-feira.
Já o ex-prefeito Claudevane Leite, em entrevista ao blog Ipolítica, rebateu alegando que o primeiro secretário de desenvolvimento urbano da atual gestão, Chico França, avaliou que a obra e a reforma poderiam ser feitas normalmente, tudo por conta da empresa.
“Não sei por que, o atual prefeito não permitiu que obra continuasse, era óbvio que após um ano e sete meses abandonada, exposta ao tempo, a chuva e sol, algo acontecesse”. Vane garante ter deixado o shopping popular com a parte térrea 95% concluída e 70% do primeiro andar pronto.
Teria restado cerca de R$ 360 mil para finalizar. ‘É uma inverdade quem diz que pagamos toda a obra, restou dinheiro, em caixa, para a conclusão, que não houve por um erro da empresa. Houve um desabamento de uma marquise e não do shopping, como disseram”, argumentou, acrescentando que a empresa reconheceu o erro e as correções seriam feitas após laudo particular e liberação do Corpo de Bombeiros. Foi quando o governo terminou.
Trânsito modificado
As mudanças no trânsito do centro de Itabuna são a principal novidade percebida desde que desabou parte do Shopping Popular, na avenida Inácio Tosta Filho. A via segue parcialmente interditada, sendo possível passar apenas carros pequenos. Já os caminhões e ônibus devem trafegar pela avenida Amélia Amado. E a rua Adolfo Maron, uma das transversais da avenida do Cinquentenário, está fechada para qualquer tipo de veículo.
Logo após o desabamento, a 1ª Vara da Fazenda Pública chegou a autorizar a demolição parcial da construção. Exigiu antes, porém, um relatório que mostrasse as áreas de maior risco. Desde então, nenhuma informação foi dada sobre se ocorrerá ou não referida demolição.
Atualizada às 16h52min
O coordenador da Defesa Civil, Yuri Bandeira, disse há pouco ao Diário Bahia que o município aguarda perícia encaminhada pela Justiça, para analisar a construção. Isso deverá ocorrer na quinta, exatamente sete dias após o desabamento. Só aí será tomada a decisão de demolir ou não o prédio.