Oftalmopediatra alerta sobre o risco do uso abusivo de smartpfones e tablets



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Oftalmopediatra alerta sobre o risco do uso abusivo de smarthfones e tablets

É cada vez mais comum presenciarmos crianças manuseando tablets e celulares. Qual o pai, mãe, tios, ou até mesmo vovós e vovôs, na tentativa de distrair os pequenos, os colocou para assistir desenho ou brincar nos joguinhos baixados nos smartphones ou tablets? O que muitos deles não sabem é que as horas dedicadas aos aparelhos tecnológicos podem estar causando danos à saúde ocular da criança.

Dentre os problemas oculares mais comuns está a miopia, doença apontada com maior incidência em países que fazem mais uso da tecnologia, como China e Japão.  Segundo a oftalmopediatra do Hospital de Olhos Ruy Cunha, Dra. Luciana Pinto de Carvalho – CRM 13.714, a miopia tem vários fatores, sendo os mais importantes o genético e o ambiental, além de estar relacionada com o esforço visual excessivo, provocado, principalmente, pelo uso contínuo desses aparelhos tecnológicos.

“A miopia é a dificuldade que se tem para ver de longe. Dados divulgados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia comprovam: a geração atual está desenvolvendo miopia precocemente e em graus muito maiores que as gerações anteriores. A doença tem vários fatores, dentre eles o esforço acomodativo da visão, isto é, ver coisas pequenas muito de perto, em movimento ou no escuro. Se a criança passa muito tempo em frente aos joguinhos de celulares, ou ainda assistindo filmes nos smartphones, por exemplo, o cérebro entende que o importante é a visão de perto, que vai ficando cada vez melhor, em detrimento da visão de longe”, explica a especialista, que cita outro problema ocasionado pelo uso excessivo dos aparelhos tecnológicos: a vista cansada.

Se os pais tiverem que fazer uma opção entre permitir o uso de jogos nos tablets, em computadores ou ainda na televisão, por tempo prolongado, a oftalmopediatra alerta que “a preferência deve ser pela televisão, que permite uma distância maior entre os olhos da criança e o objeto. Deve-se ainda limitar o tempo da criança em frente a esses aparelhos. O ideal é que as crianças não passem mais de uma hora seguida em frente às telas luminosas”.

Pais atentos

 

  • Normalmente, quando os sinais aparecem, a doença já está avançada. É muito difícil os pais perceberem os problemas em sua fase inicial. Por isso, as avaliações de rotina com o oftalmopediatra são fundamentais.
  • Outros sinais de que a visão do seu filho não vai bem são dores de cabeça frequentes, franzir a testa e apertar os olhos para ler e a necessidade se sentar muito próximo ao quadro-negro na escola ou à televisão.